Os mexicanos tem uma forma bem peculiar de celebrar o dia dos mortos em cada mês de novembro: fazendo festa. E um dos principais símbolos dessa celebração nacional é La Catrina. A icônica moça-caveira é mais que uma expressão cultural mexicana. É um símbolo político, de comportamento e estilo de vida, além de um movimento artístico e social.
Conhecida por alguns como la flaca ou la muerte, sua primeira versão – la Calavera Garbancera – foi gravada em metal pelo cartunista José Guadalupe Posada. Mais tarde, o pintor Diego Rivera a vestiu e a incorporou em seus murais, rebatizando a caveira com o nome que pegou: La Catrina. A figura da personagem é mostrada sempre vestida de forma elegante e luxuosa, sendo assim, La Catrina surgiu como uma forma de crítica social à classe política durante os governos mexicanos de Benito Juárez, Sebastián Lerdo de Tejada e Porfirio Díaz. Seu criador condenava, através dessa representação, a miséria, o horrores políticos e a hipocrisia da sociedade mexicana da época, lembrando a todos que, pelo menos na hora da morte, somos iguais.

Hoje, a popularidade da charmosa caveira está, literalmente, na pele das pessoas. Tatuagens de La Catrina são muito comuns entre os mexicanos, já que eles tendem a ver a vida de forma mais leve e o humor negro brilha quando passam por situações difíceis como a morte. Embora as caveiras sejam vistas como algo sinistro em muito países, no México as pessoas as colorem com muitas cores para representar a alegria e retorno místico à vida.
Barbie Catrina
Pensando em homenagear a cultura do país e essa celebração tão importante que é o dia dos Mortos, a Mattel apresentou ao mundo a Barbie Catrina. Uma nova edição da boneca, inspirada na popular festa, foi lançada no dia 12 de setembro reproduzindo o esqueleto da elegante dama da alta sociedade mexicana.
O brinquedo é “uma homenagem ao México, suas tradições e seu povo”, de acordo com a fabricante do produto. O exemplar, cujo preço chega a 1.750 pesos (cerca de R$ 360 na cotação atual), usa um vestido decorado com flores coloridas e, em seus longos cabelos pretos com mechas azuis, borboletas-monarca e flor cempasuchil.
“A boneca foi desenhada com muito amor pela tradição, porque o designer, Javier Meabe, tem raízes mexicanas e conhece a importância deste feriado”, explicou Cristina Lorenzo, vice-presidente de marketing da Mattel México. O vestido da Catrina foi inventado por Diego Rivera em 1947 para o mural “Sonho de uma tarde de domingo na Alameda”.
A Barbie Dia dos Mortos é a terceira boneca inspirada em mulheres mexicanas, depois das edições dedicadas à famosa pintora Frida Kahlo e à golfista Lorena Ochoa lançadas em março.
A festa do Dia dos Mortos, realizada em 1 e 2 de novembro, foi nomeada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco em 2003. Saiba mais sobre como acontece essa grande festividade assistindo este vídeo do canal “Viagem ao Redor do Mundo” do brasileiro Rodrigo Ruas. 👇
Saludos e “¡Viva La Vida!” ou “¡Viva la Muerte!” como quieras… 😄🤔🤪💀🥂
Fontes: Site Jornal Estadão e Blog ColaB55
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