O meteoro “La Bamba”

Existem músicas que parecem ser feitas para serem eternas. “La Bamba“ seguramente é uma delas. A melodia do folclore mexicano conquistou o mundo através da performance de vários artistas.

Sem uma gravação específica, a canção já era extremamente popular em seu país natal, mais especificamente no estado de Veracruz. As versões originais combinavam elementos da música espanhola, indígena e africana e sequer tinham uma letra definida.

Com o passar do tempo, a divertida faixa passou a ser gravada por diversos artistas que ajudaram a impulsionar seu reconhecimento. As diferentes versões incluem os toques pessoais de nomes como Trini Lopez, Harry Belafonte, Los Lobos, entre outros…

A versão que vou destacar neste post é a de um jovem roqueiro californiano, de ascendência latina. O ano é 1958 e o rock, com grande base em elementos do blues, ganhava popularidade enquanto um gênero de música juvenil. Um dos pioneiros neste movimento foi o cantor norte-americano Ritchie Valens.

Valens, orgulhoso de suas raízes mexicanas, adaptou “La Bamba” para a estética dançante do rock n’ roll. Esta foi a primeira versão a sair do folclore mexicano para conquistar o mundo comercialmente. Não à toa, a canção permanece viva no imaginário musical não apenas do México, mas como de todo o mundo.

Se você tem acesso à Netflix, ou ao Youtube, pode conferir a cinebiografia desse grande astro da música. O emocionante e trágico enredo do filme “La Bamba” (1987) narra a história de vida do garoto Ritchie, que embora muito jovem, chamou atenção pelo enorme talento musical e pela voz marcante.

Com somente 16 anos, ele começou sua primeira banda, a The Silhouettes. O grupo fazia pequenas apresentações locais em algumas cidades próximas na Califórnia. Uma delas chamou a atenção do produtor Bob Keane, que presidia uma gravadora na época. Com sua ajuda, Ritchie acabou se tornando um sucesso com suas composições que misturavam rock e música latina. Em 1958, seu primeiro single “Come On, Let’s Go” se tornou um pequeno sucesso. Entretanto, foram as músicas seguintes que renderam grande fama ao cantor: a dançante “La Bamba” e a belíssima “Donna”, uma homenagem a sua namorada do colégio, Donna Ludwig.

O cantor morreu com apenas 17 anos, cerca de 8 meses após ter alcançado a fama, em um acidente de avião que também vitimou os músicos Buddy Holly  e J.P. Richardson. Posteriormente, a tragédia ficou conhecida como “o dia em que a música morreu” na canção “American Pie”, do cantor Don McLean.

Richard Steven Valenzuela nasceu em maio de 1941 em Pacoima, uma pequena cidade da Califórnia, próxima a Los Angeles. Filho de operários mexicanos, ele desenvolveu o gosto pela música desde pequeno, aprendendo a tocar uma série de instrumentos.

Após a fatalidade que tirou a vida jovem astro, a música “La Bamba” continuou sua trajetória e até hoje se mantém como essencial para a cultura da América Latina. “La Bamba” é descrita, por representantes da Biblioteca do Congresso dos E.U.A., como “culturalmente, historicamente e esteticamente relevante”.

Em 2004, a revista Rolling Stone  lançou uma edição especial em que elenca as 500 Melhores Músicas de Todos os Tempos. A lista conta com a versão de “La Bamba” de Ritchie Valens, que, por sinal, é a única música cantada em um idioma sem ser o inglês. A canção ocupa a 354ª colocação na lista, à frente de sucessos de artistas como Elton John, 2Pac e de nomes da época como Elvis Presley e Muddy Waters.

Ritchie Valens teve uma carreira meteórica que deixa marcas até hoje. Se você é fã de música boa, não deixe de conferir essa comovente e incrível trajetória 🎼

* Com informações dos sites: “Tenho mais discos que amigos” e “Globo.com”

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