Half time

Sabe aqueles artistas que você se lembra de ser fã, desde sempre, mas quando conhece sobre a vida da pessoa, um pouco mais a fundo, se torna ainda mais fã? Foi exatamente assim que me senti depois de assistir ao documentário sobre a musa latina Jennifer Lopez na Netflix. “Half Time” mergulha nos bastidores da vida da estrela pop no momento em que ela está completando 50 anos e se prepara para uns dos maiores desafios de sua carreira: fazer o show do intervalo do SuperBowl, o maior evento esportivo dos Estados Unidos e um dos maiores do mundo.

O nome do documentário, “Half Time”, além de fazer clara referência ao show do intervalo da final do campeonato de futebol americano, também dialoga com a vida pessoal de JLO, que chega à meia idade em plena forma e cheia de planos. Em uma de suas falas no filme, ela diz que sente que sua vida está apenas começando – uma evidente prova da energia e determinação contagiante que ela tem. Quem a vê falar assim, talvez não imagina que ela já traçou um vasto caminho, desde os tempos de bailarina no Bronx, em sua cidade natal, Nova York, até se tornar uma grande estrela da música pop mundial e também de Hollywood.

Durante o filme, percebemos como foi constante a luta de JLO para ser valorizada por seu trabalho e não somente por suas curvas esculturais. Ao fim, percebemos que ela finalmente parece ter conseguido esse objetivo, apesar de que ainda o preconceito por ser mulher e latina, na maior potência do mundo, ainda é algo presente, infelizmente.

Justamente essa questão da luta contra o preconceito é um dos pontos centrais de “Half Time”, já que ao ser escolhida para o evento do SuperBowl, juntamente com a colombiana Skakira, Jennifer fez questão de não apenas entreter, mas também transmitir uma mensagem importante ao público: os latinos também são parte dos Estados Unidos e não são uma parte inferior, muito pelo contrário, são um dos pilares da nação e por isso todos devem ter orgulho de sua origem.

Além de conhecermos o esforço dela para produzir um show inesquecível no Super Bowl, na produção da Netflix mergulhamos um pouco na vida pessoal de JLO, especialmente na sua relação com seus pais e filhos, principalmente com a filha, que demostra ser um companheira inseparável e um porto seguro para a mãe famosa.

Mesmo que você não seja tão fã como eu sou, vale muito a pena assistir esse documentário que propõe muitas reflexões acerca de temas importantes, como o protagonismo feminino e o papel da mídia e de Hollywood na manutenção de estereótipos, além de outros pontos interessantes que se relacionam à história dessa grande mulher que ousou ser o que ela sonhou: uma artista verdadeiramente completa…

Invasão latina no maior evento esportivo dos Estados Unidos

O futebol americano é um dos um esportes mais populares nos Estados Unidos. E a grande final da NFL, maior liga de futebol americano do mundo, é sempre um mega evento, que tem até nome próprio:  Super Bowl. Até quem não curte a modalidade, acaba parando pra acompanhar esse grande espetáculo que ocorre anualmente trazendo sempre grandes nomes da música mundial.

E no ano que vem o público latino estará muito bem representado: As musas Jennifer Lopez e Skakira confirmaram presença no show do intervalo da grande decisão.  A informação foi confirmada pelas duas estrelas em uma ação coordenada no Instagram. Esta será a primeira vez que as duas cantoras consagradas no mundo todo farão um show juntas.

“Desde que eu vi Diana Ross cantar, eu sonhei em estar no Super Bowl“, afirmou Lopez que tem ascendência porto – riquenha, em um comunicado divulgado pela NFL. “E agora isso será ainda mais especial, não só por ser o centenário da NFL, mas também por tocar ao lado de uma artista latina. Eu não posso esperar para mostrar o que as mulheres podem fazer no maior palco do mundo.”

Super Ball

A colombiana Skakira também comentou sobre a apresentação: “Eu estou muito honrada por me apresentar ao lado de uma artista mulher e que representa o público latino dos Estados Unidos.  Além disso, será meu aniversário”, comemorou Shakira, que nasceu no dia 2 de fevereiro de 1977 e celebrará a data no Super Bowl. Antes da confirmação oficial, muitos nomes foram especulados para o evento. Houve até quem apostasse no grupo de K-pop BTS como um dos favoritos.

O show do intervalo do Super Bowl é considerado um dos maiores eventos do mundo. Nomes como Michael Jackson, Madonna, Coldplay e Beyoncé já se apresentaram na final da NFL. Na última edição, a banda Maroon 5 foi a responsável por animar o público. A decisão da principal competição de futebol americano do mundo acontece no dia 2 de fevereiro de 2020, no Hard Rock Stadium, em Miami.

Mal podemos esperar pra ver 😜🎤🎸🏈

Fonte:   Entretenimento – UOL

Força latina

Na última terça-feira dia 7 de novembro aconteceu as chamadas eleições de meio de mandato nos Estados Unidos da América. Nesse pleito são escolhidos os senadores, deputados e governadores de Estado, diferente do que ocorre no Brasil, por exemplo, onde os congressistas são escolhidos junto com o presidente da república.

O Partido Republicano, de Donald Trump, perdeu a maioria da Câmara de Deputados. Essa vitória dos democratas tira de Trump a hegemonia no Congresso, mesmo os republicanos tendo vencido no Senado. E apesar de todo o discurso negativo do atual presidente em relação aos latinos, eles tem cada vez mais representatividade quando o assunto é votação.  E esses votos parecem ter feito  falta ao partido do presidente nesse momento não é mesmo?

De olho nessa parcela importante da população, democratas e republicanos se empenham em mobilizar os latinos que tem cidadania a exercer seu direito ao voto, gravando até mesmo mensagens em espanhol. Veja abaixo alguns mapas que demostram como está distribuída a população latina pelo país.

Cidades dos Estados Unidos com maior população latina: 

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Dos mais de  325 milhões de habitantes dos Estados Unidos, quase 59 milhões são de origem latina, cerca de  18%  da população.  O México é, de longe, o país mais representado com mais de 60% do total. 

Em seguida vem Porto Rico, Cuba,  El Salvador e República Dominicana.

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Em Miami, capital da Flórida, há uma grande população de origem cubana. 

E com representações menores siguem nesta ordem: Guatemala, Colômbia, Honduras, Equador, Perú, Nicaragua, Venezuela, Argentina, Panamá, Chile, Costa Rica, Bolívia, Uruguai e  Paraguai.

Os dez Estados com maior população latina são:  Califórnia, Texas, Flórida, Nova York, Illinois, Arizona, Nova Jersey, Colorado, Novo México e Georgia.

Veja nestes dez mapas de forma detalhada quais são  as áreas metropolitanas do país com maior população latina y seus distintas origens*.

Mexicanos na Califórnia

A Califórnia é o Estado com maior número de latinos, com predominância de mexicanos, como podemos ver nos mapas das  zonas urbanas de Los Ángeles, Riverside-San Bernardino e San Francisco:

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Texas também com sotaque mexicano

O Texas, como outro dos  grandes estados que fazem fronteira com com o  México, tem quase 40% de população latina. Em uma das grandes áreas urbanas com mais sotaque acento español, o mais comum, novamente é mexicano.

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Mudanças no norte

À medida que nos afastamos da  fronteira entre  EUA e  México, as populações latinas  que vivem no país são mais variadas.

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Em Chicago, os mexicanos voltam a ser maioria, mas os portorriquenhos contam com quase  10% de representação do  total de população latina.

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A Pequena Habana na Florida

O caso da Flórida, em especial do Condado de Miami Dade,  no sul do Estado, é muito particular porque mais da metade dos latinos são cubanos. E nos últimos anos tem  aumentado consideravelmente a presença venezuelana no Estado do sol, algo que ficará mais evidente no próximo censo oficial, em 2020.

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Novamente o México

Para concluir veja os dados de outro estado que faz fronteira com o México , o Arizona.  Onde o debate sobre imigração teve muita relevância nas eleições em 2016, (sendo que a candidata Hillary Clinton venceu alí).

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Como podemos observar nos mapas quem deseja alcançar os votos dos latinos, não se trata de um voto homogêneo, sendo assim, o discurso para atrai-los deve ser diversificado assim como o público é.

*Os dados são da Oficina do Censo dos Estados Unidos e correspondem a 2017. Os porcentagens têm um margen de reajuste de 4%.

PS. Poderiam ter incluído a população brasileira também não é? Afinal também somos latinos… 🤔

Fonte: Site BBC Mundo e Portal Uol.

Um dia sem imigrantes

Desde que assumiu a presidência dos Estados Unidos, Donald Trump vêm cumprindo uma de suas principais promessas de campanha e endurecido as ações contra os imigrantes no país. Se de um lado muitos apoiam o polêmico presidente, por outro,  as críticas contra o mandatário e o apoio aos imigrantes vem crescendo não só na América, mas em todo o mundo.  E nessa última uma semana uma medida me chamou atenção: centenas de estabelecimentos fecharam as portas para protestar contra as medidas do novo governo.

O dia “Sem Imigrantes” aconteceu na última quinta-feira dia 16. Vários restaurantes e escolas fecharam as portas em cidades importantes dos Estados Unidos, e outros atenderam com capacidade reduzida. A intenção era demostrar a importância dos imigrantes para a economia americana.

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Em Chicago manifestantes protestam no dia sem imigrantes – Foto: AP

Em Washington, uma marcha foi até a Casa Branca e diversas ruas foram interditadas. Manifestantes carregavam cartazes com as frases “nenhum ser humano é ilegal” e “você come comida? Então você precisa de imigrantes”.

A paralisação atingiu de restaurantes renomados a pequenas lanchonetes e inclusive o serviço que fornece refeições para o Senado. Em Washington, 48% das pessoas que trabalham no ramo de alimentação são imigrantes, segundo o jornal “Washington Post”, e mesmo os locais que permaneceram abertos reduziram as opções em seus cardápios.

A ideia me pareceu muito interessante e eficiente porque, sem dúvida, esse tipo de protesto de ausência não somente chama a atenção, mas também mexe no bolso de muita gente, e como sabemos “Time is Money” e dinheiro é algo que nenhum americano vai gostar de perder…

Fonte: Portal G1

Menos, bem menos

Numa campanha eleitoral vale tudo para atrair a simpatia dos eleitores. Por aqui no Brasil é comum ver candidatos carregando criancinhas no colo, se misturando a operários em obras, indo a feiras populares apreciando aquele pastel frito na hora, numa tentativa de aproximarem ao máximo do público almejado.

Esse tipo de prática já é bem antigo, e atualmente com o avanço cada vez maior das mídias sociais, os marketeiros de plantão não perdem tempo e tentam fazer essa  tal aproximação das mais variadas maneiras. Nem sempre, porém, o resultado é satisfatório, muito pelo contrário, o tiro pode sair pela culatra, muitas vezes.

Foi o que aconteceu lá nos Estados Unidos com a pré- candidata democrata à presidência Hillary Clinton, no mês passado. Tentando conquistar a simpatia do eleitorado latino, os responsáveis pela campanha de Hillary,  resolveram aproveitar o anúncio da chegada do segundo neto da candidata, para associar sua imagem  à das avós latinas.

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Estratégia de campanha de Hillary não pegou bem entre público latino

As sete coisas em que Hillary Clinton é como sua abuela”, é o título de um post publicado no blog da campanha da ex-secretária de Estado. A palavra abuela(“avó”) está escrita em espanhol – a autora da publicação é uma hispana que trabalha na campanha de Clinton. O texto está cheio de referências aos latinos, incluindo a palavra-chave “Respecto”. Clinton “não tem medo de falar da importância do respeito”, diz o post, que ressalta momentos em que ela defendeu os hispanos em sua campanha.

A intenção pode até ter sido boa, mas a reação do público alvo não foi nada favorável para a candidata. Pelas redes sociais latinos se manifestaram contra a intenção de Hillary de se comparar com suas queridas avós. Criaram a hashtag #notmyabuela  (“não é minha avó”) que rapidamente viralizou se tornando um dos assuntos mais comentados no twitter americano.

A internauta Marisol  Ramos resumiu bem o sentimento dos latinos em relação à campanha:

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Hillary não é minha avó porque eu sou separada da minha por muitas milhas e por uma muro militarizado 

Realmente tenho que concordar com os internautas: Forçaram e muito a amizade! Espero que a equipe da candidata pense  com mais cuidado para as estratégias de publicidade em 2016, se não vão acabar perdendo os preciosos votos dos latinos… 😉

Fonte: http://www.brasil.elpais.com

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