Baseado na obra do escritor, jornalista, precursor do movimento literário conhecido como “Realismo Mágico” e autor de “Cem anos de solidão” (1967), “La peste del insomnio“- “A peste da insônia” é um espetacular curta-metragem dirigido pelo venezuelano Leonardo Aranguibel que promove reflexões e evoca esperança, especialmente nestes tempos de pandemia, com leituras do colombiano Gabriel García Márquez.
A Fundação Gabo reuniu 30 atores latino – americanos, nesta obra, com textos do livro mais famoso de García Márquez. O filme tem como foco os fragmentos da publicação relativos à enfermidade do sono, descrita com muchas semelhanças com a Covid-19.
“Estamos vivendo um momento muito difícil, mas depende de nós que amanheça mais cedo ou mais tarde, assim que desejamos, no meio desse confinamento, relembrar que o sol sempre volta a sair” – afirmou Aranguibel, que liderou este projeto solidário.
No curta, participam, gratuitamente, reconhecidos talentos do cinema e da televisão latino-americana: como Dolores Heredia, Leonardo Sbaraglia, Alice Braga, Andrés Parra, Manolo Cardona, Julián Román, Héctor Bonilla, Ricardo Darín, Ana María Orozco y Lorena Meritano.
Click no link abaixo e confira essa pequena obra de arte em formato de vídeo:
Se você ainda não leu nenhuma obra de Gabriel García Márquez, já vai colocando algum livro desse mestre na sua lista de livros a serem lidos antes de morrer. Gabo, como era chamado pelos mais íntimos, é um daqueles autores indispensáveis. Ele tinha a incrível habilidade de contar histórias, já conhecidas pelo público, de uma maneira totalmente espetacular. No documentário sobre sua vida, disponibilizado pela Netflix, entendemos melhor como o colombiano conseguiu elevar a literatura em língua espanhola a um outro patamar, através de seu realismo mágico.
No filme conhecemos a história de Gabo, desde a sua infância, na pequena cidade de Aracataca, na costa do Caribe colombiano. Aliás, o Caribe vai fazer parte de sua personalidade e também de sua obra durante toda vida, assim também como a criação por parte dos avós vai marcar profundamente sua existência.
O dom de escrever é algo natural para Márquez desde muito jovem, tanto que ele ganha a vida como jornalista, antes de si firmar como um grande escritor. O jornalismo é uma paixão que dura até a velhice de Gabo. O documentário mostra também como suas obras refletem a dor de uma Colômbia marcada por uma enorme violência, desde sua juventude e nos últimos tempos, especialmente relacionada aos conflitos do narcotráfico.
Gabo: a criação de Gabriel García Márquez traz depoimentos de familiares, amigos, colegas e admiradores do célebre autor de “Cem anos de solidão”. Um desses fãs é ninguém menos que o ex-presidente americano Bill Clinton, que se mostra um grande conhecedor da obra do colombiano.
Além dos depoimentos, o filme traz também entrevistas com o próprio autor, onde podemos ver características que sempre o marcaram: a doçura e a afetividade.
Se você também é fã de Gabo, não deixe de assistir ao filme, que é também uma linda homenagem… ❤
Cem anos de solidão é a obra mais importante, escrita em língua espanhola, depois de Dom Quixotede la Mancha de Miguel de Cervantes. O livro, de autoria do ganhador do prêmio Nobel de Literatura, o colombiano Gabriel Garcia Marquez é um sucesso absoluto há várias décadas, contando com mais de 50 milhões de exemplares vendidos — um verdadadeiro clássico da Literatura mundial.
E pra quem é fã de Gabo e deseja ver suas obras divulgadas nas mais variadas plataformas, lá vem uma notícia boa: a Netflix comprou os direitos de Cem Anos deSolidão. Os filhos do autor, Rodrigo e Gonzalo García, permitiram que a Netflix transforme o clássico de seu pai em uma série. O idioma adotado será o espanhol, devido a uma exigência deixada pelo escritor — mas também refletindo o interesse da plataforma por esse idioma, depois do sucesso de Narcos, Roma, La Casa de Papel, entre outros.
A Netflix contratará apenas talentos latino-americanos para a produção, que será rodada na Colômbia. “Sabemos que será mágica e importante para a Colômbia e a América Latina, mas o romance é universal”, disse Francisco Ramos, vice-presidente de produções em espanhol da empresa, ao The New York Times.
“Cem anos de solidão” é um clássico da Literatura mundial – Reprodução Internet
Rodrigo e Gonzalo García serão produtores-executivos, uma área familiar para o primeiro. Ele foi diretor de quase uma dúzia de filmes, entre elas Coisas Que Você Pode Dizer Só de Olhar Para Ela (1999), o drama bíblico Últimos Dias no Deserto (2015) e Albert Nobbs (2012), adaptando a obra de John Banville. Cem Anos de Solidão será seu décimo projeto televisivo, depois de dirigir capítulos de Os Sopranos, Six Feet Under, The Affair, Carnivàle e Blue, uma websérie que também produziu entre 2012 e 2014.
Esta compra por si só já prolonga a enorme trajetória da obra. Publicado em 1967 Cem Anos de Solidão é um desses títulos cujo legado —50 milhões de exemplares vendidos, traduções em 46 idiomas— dificilmente pode ser questionado. Seu sucesso, fundamental no reconhecimento internacional de García Márquez e um fator crucial para a concessão do Nobel de Literatura a ele, em 1982, foi um dos pilares do boom literário latino-americano dos anos sessenta e setenta. Hoje, considera-se um dos trabalhos mais conhecidos do século XX. A história que conta, a da família Buendía, descendentes do fundador do povoado de Macondo, é até hoje uma saga imortal, vigente como leitura obrigatória no mundo inteiro, seja no mais remoto colégio do Meio-Oeste norte-americano ou em altos círculos acadêmicos europeus.
Rodrigo herdou do pai não só o interesse pelo cinema como também a convicção de deixar suas obras em paz. “Não dirigirei um romance do meu pai porque seria um fenômeno de imprensa, não seria visto com objetividade”, refletia ao EL PAÍS em 2008 (não informou se dirigirá Cem Anos de Solidão). Naquela entrevista, comentava que Hollywood começava a agrupá-lo entre Alfonso Cuarón e Guillermo del Toro como os artífices da revolução hispânica de Hollywood. Agora, em tempos de Roma, Narcos e do Pinóquio que Del Toro está prestes a lançar pela plataforma, a revolução hispânica segue em frente. Mas será preciso mudar o seu nome. Já não é de Hollywood, e sim da Netflix.