O Brasil pela mirada de um colombiano

Brasil e Colômbia são vizinhos que tem muita coisa em comum. Ambos são conhecidos pela alegria e hospitalidade de sua gente e também pelas suas praias paradisíacas. Mas nem só de semelhanças vivem esses dois países. No vídeo abaixo, você poderá assistir uma entrevista com um colombiano que esteve no Brasil entre 2015/2016, como intercambista na Universidade Federal de Viçosa em Minas Gerais e em 2018/2019, como estudante de mestrado na Universidade Federal de Santa Maria no Rio Grande do Sul.

Na entrevista Jhonier Granada, que atualmente é professor de Espanhol, Inglês e Português, nos conta foi sua experiência em terras brasileiras. Ele relata quais foram os pontos em comum e também quais foram as diferenças que notou entre os dois países. Ele revela que inclusive, quando retornou à Colômbia, mudou um hábito antigo da rotina pessoal, por achar que o costume brasileiro é mais adequado.

Ficou curioso pra saber qual hábito é esse? Então não deixe de assistir a entrevista. 😉

Fonte: Canal EJA Español – UFMG

Gabo: A criação de Gabriel García Márquez

Se você ainda não leu nenhuma obra de Gabriel García Márquez, já vai colocando algum livro desse mestre na sua lista de livros a serem lidos antes de morrer. Gabo, como era chamado pelos mais íntimos, é um daqueles autores indispensáveis. Ele tinha a incrível habilidade de contar histórias, já conhecidas pelo público, de uma maneira totalmente espetacular. No documentário sobre sua vida, disponibilizado pela Netflix, entendemos melhor como o colombiano conseguiu elevar a literatura em língua espanhola a um outro patamar, através de seu realismo mágico.

No filme conhecemos a história de Gabo, desde a sua infância, na pequena cidade de Aracataca, na costa do Caribe colombiano. Aliás, o Caribe vai fazer parte de sua personalidade e também de sua obra durante toda vida, assim também como a criação por parte dos avós vai marcar profundamente sua existência.

O dom de escrever é algo natural para Márquez desde muito jovem, tanto que ele ganha a vida como jornalista, antes de si firmar como um grande escritor. O jornalismo é uma paixão que dura até a velhice de Gabo. O documentário mostra também como suas obras refletem a dor de uma Colômbia marcada por uma enorme violência, desde sua juventude e nos últimos tempos, especialmente relacionada aos conflitos do narcotráfico.

Gabo: a criação de Gabriel García Márquez traz depoimentos de familiares, amigos, colegas e admiradores do célebre autor de “Cem anos de solidão”. Um desses fãs é ninguém menos que o ex-presidente americano Bill Clinton, que se mostra um grande conhecedor da obra do colombiano.

Além dos depoimentos, o filme traz também entrevistas com o próprio autor, onde podemos ver características que sempre o marcaram: a doçura e a afetividade.

Se você também é fã de Gabo, não deixe de assistir ao filme, que é também uma linda homenagem… ❤

Países latino-americanos usam dinheiro apreendido do narcotráfico e da corrupção para combater covid-19

Com o mundo todo lutando para conter a disseminação do coronavírus, muitos países enfrentam com dificuldade o desafio de comprar o equipamento sanitário e hospitalar necessário para conter a pandemia.

Dois países latino-americanos, no entanto, adotaram uma maneira original de obter parte dos recursos extras. Argentina e Colômbia usam ativos apreendidos do narcotráfico e oriundos de outras atividades criminosas para fortalecer seus sistemas de saúde diante do avanço do vírus.

De carros a imóveis que pertenciam a criminosos suspeitos, esses bens são usados ​​para transportar ou abrigar pacientes com coronavírus ou isolar pessoas em risco devido à pandemia.

Isso é possível graças a uma figura jurídica chamada “extinção de domínio”, que se aplica a ativos supostamente adquiridos ilegalmente.

Basicamente, permite que os pertences ilícitos de pessoas acusadas de crimes como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, tráfico humano, terrorismo ou corrupção sejam colocados à disposição do Estado.

Como funciona

As pessoas investigadas por esses crimes geralmente enfrentam processos criminais, e suas propriedades, em países que não possuem um regime de extinção de domínio, só podem ser confiscadas se a pessoa for condenada (algo que pode levar anos). Com o mecanismo de extinção de domínio, o procedimento é muito mais rápido.

A justiça pode apreender fortunas de origem suspeita mesmo antes de processar criminalmente o acusado.

Nesses países, quando um juiz criminal decreta medidas cautelares sobre bens suspeitos de origem criminosa, esses bens imediatamente vão para a jurisdição civil, onde é decidido o possível confisco. Ou seja, mesmo antes de um suspeito ser processado e condenado pela Justiça, tudo o que se presume ter sido adquirido por meio de atividades ilegais passa para as mãos da Justiça civil.

Com a aplicação da extinção de domínio sobre esses bens, o suspeito perde seus direitos de propriedade sobre eles. Aí esses ativos passam para as mãos do Estado e são administrados por entidades criadas especialmente para esse fim.

Na Colômbia, onde a extinção de domínio foi aprovada por lei em 2014, esse órgão é a Sociedad de Activos Especiales (SAE). Na Argentina, que aprovou o regime no início de 2019 por meio de um decreto do então presidente Mauricio Macri é a Agência de Administração de Ativos do Estado (AABE).

Contra a covid-19

Esses dois países não são os únicos na região que adotam sistemas desse tipo. Peru, México, El Salvador, Honduras, Guatemala e Bolívia também têm figuras legais semelhantes em sua legislação, assim como vários outros países do mundo.

No entanto, Argentina e Colômbia são os dois primeiros que atribuíram a esse recurso um uso específico na luta contra o coronavírus.

No Brasil, o pacote das dez medidas contra a corrupção previa, originalmente, a criação da chamada ação de extinção de domínio, para permitir “dar perdimento a bens sem origem lícita, independentemente da responsabilização do autor dos fatos ilícitos, que pode não ser punido por não ser descoberto, por falecer ou em decorrência de prescrição”.

A Câmara chegou a tirar este ponto durante a votação, mas ele foi resgatado pelos senadores. O projeto, no entanto, ainda não foi votado novamente pela Câmara.

Na Argentina e na Colômbia, até agora, os bens apreendidos relativos a atividades ilegais foram usados ​​ou leiloados para financiar organizações que combatem o crime organizado ou para ajudar pessoas com menos recursos.

Com a pandemia, no entanto, esses bens passaram a ser usados como parte da estratégia para conter o avanço do vírus. O primeiro exemplo disso ocorreu no norte da Argentina, em 21 de março, três semanas após o país registrar seu primeiro caso de coronavírus e um dia após a decretação da quarentena obrigatória nacional.

A AABE cedeu ao governo da província de Salta, um popular destino turístico, dois hotéis para acomodar viajantes estrangeiros procedentes de áreas de risco.

Os hotéis foram duas das dezenas de propriedades que pertenciam ao clã Loza, organização de narcotráfico internacional que foi destruída em 2018 e cujos ativos foram os primeiros recuperados pelo regime de extinção do domínio argentino.

Edifícios, carros e dinheiro

Alguns dias depois, a AABE aceitou um pedido de Pilar, um município do norte da província de Buenos Aires, para dispor de um “megaempreendimento” supostamente financiado por um cartel de drogas colombiano.

Trata-se de um imenso projeto imobiliário chamado Pilar Bicentenário, que segundo a Justiça Argentina, fazia parte de uma operação de lavagem de dinheiro do cartel liderado por José Bayron Piedrahita Ceballos, atualmente detido nos Estados Unidos.

Por meio de uma resolução, a AABE aprovou a transformação do prédio em construção em um “centro de diagnóstico covid-19”.

O megaprojeto Pilar Bicentenário, que será usado como um centro de diagnóstico para a covid-19.

A Justiça da Argentina também liberou carros e dinheiro para ajudar no combate à pandemia. Em 4 de abril, um juiz da cidade de Mar del Plata, o mais famoso balneário de Buenos Aires, aceitou o pedido do prefeito local e ordenou que 26 veículos apreendidos de uma suposta quadrilha de traficantes de drogas fossem usados ​​para prestar serviços no âmbito da resposta ao coronavírus.

Os carros serão usados ​​para transportar pacientes e outras tarefas de segurança durante a quarentena obrigatória.

Dinheiro da corrupção

Fortunas apreendidas em dois dos casos de corrupção de maior destaque nos últimos anos também tiveram esse fim.

O tribunal que julgou o ex-secretário de Obras Públicas do governo Kirchner, José López, condenado por enriquecimento ilícito depois de ter sido filmado escondendo sacos com milhões de dólares em um convento, determinou que US$ 2 milhões (R$ 10,6 milhões) desse dinheiro sejam doados ao hospital pediátrico Garrahan, em Buenos Aires.

Esse verba, além de outros US$ 12 mil (R$ 63 mil), serão destinados à compra de respiradores, máscaras e óculos de proteção.

Enquanto isso, o tribunal que julga o empresário Lázaro Báez, acusado de lavar dinheiro para o governo Kirchner, entregou ao Exército “como um depósito judicial” bens que incluem 17 contêineres vazios, 300 equipamentos de proteção e 21 macas.

Colômbia

A Sociedade Colombiana de Ativos Especiais (SAE) também permitiu que alguns bens apreendidos fossem utilizados provisoriamente para ajudar a combater o coronavírus.

“Para apoiar o governo e entidades territoriais no tratamento dessa contingência, a SAE ajustou os procedimentos internos”, explicou Virginia Torres, presidente da SAE, ao jornal El Tiempo. “Isso garante que os ativos gerenciados possam ser usados ​​e adequados como instalações para tratamento, isolamento e atendimento, sem atender a outros requisitos comuns”.

Propriedades apreendidas pela SAE que podem ser usadas como abrigos para mulheres que correm risco de sofrer violência doméstica.

Entre as propriedades que a entidade ofereceu estão o Hotel Benjamin, na cidade de Santa Marta, no norte do país, que pertencia ao israelense Assi Mosh, expulso da Colômbia em 2017 por supostos vínculos com redes de prostituição. E um ex-prostíbulo conhecido como “El Castillo”, no centro de Bogotá, oferecido ao Instituto Nacional Penitenciário e Prisional (Inpec) para abrigar prisioneiros infectados com a covid-19, para que estes não infectem o resto da população carcerária.

A SAE também disponibilizou às autoridades regionais 65 prédios a serem utilizados durante a pandemia como abrigos para mulheres que correm o risco de sofrer violência doméstica durante o isolamento obrigatório .

Fonte: BBC Brasil

Por que não houve casos de Coronavírus na América Latina?

O novo coronavírus nomeado de covid-19 passou em poucas semanas de uma emergência local na China para uma epidemia que ameaça o planeta.

Em sua rápida propagação pelo mundo, o vírus que se originou na cidade chinesa de Wuhan – agora em quarentena – já havia atingido 24 países até a última sexta-feira (14 de fevereiro), segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

E desde que os primeiros casos surgiram em dezembro de 2019, 1,368 pessoas morreram e mais de 60 mil foram infectadas.

No entanto, nos países que compõem a região da América Latina, nenhum caso positivo de coronavírus foi confirmado até o momento (embora haja casos sob investigação).

No México, 11 infecções potenciais foram avaliadas e descartadas; na Colômbia, houve um caso em análise e o Brasil colocou sob investigação 47 casos ─ dos quais já descartou 43. Só um cidadão argentino testou positivo para o coronavírus, mas ele estava fora do país e recebeu tratamento no Japão.

Mas por que nenhum caso foi detectado na América Latina até agora?

“No caso da América Latina e do Caribe, uma das principais razões é que há menos viajantes e voos diretos da China em comparação com outros países da Ásia, Europa e América do Norte”, diz Sylvain Aldighieri, coordenadora de casos de coronavírus da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), à BBC News Mundo, o serviço de notícias em espanhol da BBC.

De fato, apenas em fevereiro de 2018 foi anunciado o primeiro voo direto entre a China e a América Latina. Operado pela companhia aérea Hainan Airlines, o voo liga a capital chinesa à Cidade do México. No entanto, essa não é a única razão pela qual nenhum caso de coronavírus não foi confirmado na região.

“Os países da região também implementaram medidas precoces de detecção e isolamento, além de fortalecer a vigilância”, relembra Aldighieri. Isso é evidente em certos pontos do continente.

Vários países latinos adotaram medidas de segurança nos aeroportos pra controlar a propagação do vírus.

Por exemplo, segundo o Ministério da Saúde do México, o país foi o primeiro que, devido à sua conexão aérea direta com a China, estabeleceu um protocolo de diagnóstico para confirmar a presença do vírus nos 32 centros que compõem a rede pública de laboratórios nacionais.

Outro país que assumiu a liderança foi o Chile. Segundo anunciou o ministro da Saúde do país, Jaime Mañalich, em janeiro, o governo decidiu fortalecer a Rede de Vigilância Epidemiológica, com objetivo de detectar com urgência qualquer condição ou doença respiratória nos hospitais.

Em 4 de fevereiro, a Colômbia se tornou o primeiro país da região a implementar um teste para diagnosticar o coronavírus em quem desembarca no país.

Outras nações também alocaram, de acordo com a OPAS, recursos extraordinários para impedir que a doença chegasse ao seu território.

No Brasil, o governo federal assinou medida provisória (MP) que destina crédito extraordinário de mais de R$ 11 milhões ao Ministério da Defesa para custear ações de enfrentamento de “emergência de saúde pública de importância internacional” provocada pelo coronavírus.

Dias antes, o presidente havia sancionado uma lei que trata das medidas de enfrentamento emergencial, no âmbito da saúde pública, da doença.

Vírus se originou na cidade chinesa de Wuham – Foto Getty Images

É possível que existam casos positivos que ainda não foram detectados na América Latina?

Na América Latina, essa possibilidade não pode ser descartada. Como na África, outra região que ainda não tem casos confirmados de coronavírus, é possível que haja pacientes infectados que não tenham sido detectados pelas autoridades, segundo a OMS.

“Como o covid-19 ainda não foi caracterizado, não há 100% de certeza de que ele não esteja mais circulando na América Latina”, diz a especialista. Aldighieri, no entanto, destacou o trabalho que está sendo realizado em nível regional, não apenas na detecção do vírus nos portos de entrada dos países, mas também nas fronteiras interiores.

“Desde a semana passada, especialistas em virologia da OPAS foram treinar e equipar laboratórios para responder a eventuais casos importados. Através desta iniciativa, antes do dia 21 de fevereiro, 29 laboratórios na América Latina estarão prontos para detectar o covid -19“, explica.

A Organização Pan-Americana da Saúde destacou o trabalho dos países da região para impedir a chegada do coronavírus à América Latina. Além disso, graças a outras pandemias que afetaram o continente no passado, a região conta hoje com uma estrutura capaz de combater o vírus.

“Todos os países do mundo correm o risco de importar a covid-19, incluindo a possibilidade de que a propagação dentro do país ocorra após a importação”, diz a porta-voz da OPAS.

Ela acrescenta: “No entanto, na América Latina, a estrutura para impedir a propagação de um vírus foi fortalecida após a pandemia do H1N1 (mais conhecido como gripe suína) que ocorreu em 2009 “.

Isso demostra que a região aprendeu com os erros do passado e está mais preparada para enfrentar novas ameaças globais…

Fonte: Portal Terra

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Meninos sem pátria

A crise enfrentada por nossa vizinha Venezuela vem gerado dramas humanos dia a dia. Um dos mais cruéis é  o vivido por crianças que acabaram de chegar ao mundo. Os bebês de pais venezuelanos, nascidos na Colômbia, por exemplo, não tem direito à cidadania colombiana. É o caso de Diego, filho de Júlia.

Ela se dedica a vender sacos para lixo e material de limpeza em uma das melhores áreas de Bogotá. Júlia chegou à Colômbia há dois anos, Diego nasceu nove meses atrás.”Eu não sei que procedimento devo fazer nem onde devo registrá-lo”, declarou a mulher à BBC News Mundo.  Seu filho é um dos mais de 20 mil casos de bebês nascidos de imigrantes venezuelanos na Colômbia que não têm nacionalidade. Eles vivem em um bairro no sul de Bogotá, longe dos restaurantes exclusivos e dos grandes centros comerciais da capital colombiana. “Se nada mudar, espero que eles me deixem estudar aqui, que me deixem crescer (aqui)”, diz Julia.

As crianças apátridas, ou seja, sem nacionalidade, são um tema de “alta preocupação” para organizações internacionais como o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), que defende a adoção de medidas urgentes nestes tipos de situações.

De acordo com a diretoria de Migração da Colômbia, 1.260.594 cidadãos da Venezuela se encontram neste país. Produto desse alto fluxo migratório, nunca antes visto – mais de 20 mil recém-nascidos em território colombiano são filhos de imigrantes venezuelanos. 

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Até pouco tempo atrás muitos colombianos tinham que deixar seu país por causa de conflitos internos, hoje o país enfrenta o problema inverso  – Imagem Getty Images

“Parem de parir”

A questão gerou uma controvérsia especial no início do mês na Colômbia, como resultado da coluna “Parem de parir”, que é assinada pela jornalista e ex-apresentadora da CNN em espanhol, Claudia Palacios, e publicada no jornal El Tiempo – o mais importante do país. A publicação provocou uma tempestade nas redes sociais. O periódico foi descrito como “xenófobo”, “eugênico” e até “fascista”. No artigo, Palacios afirma que o governo colombiano deve fazer do controle de natalidade dos imigrantes venezuelanos a prioridade de sua estratégia de migração. E acrescenta:

“Mas, queridos venezuelanos, aqui não é como no seu país, e é bom que não seja, porque a ponta de subsídios o socialismo do século 21 fez o país mais rico da região muito pobre, então a melhor forma de serem bem-recebidos é vocês estarem cientes de que, apesar dos problemas internos, a Colômbia conseguiu recebê-los como nenhum outro país, mas se vocês continuarem se reproduzindo como estão fazendo, seria ainda mais difícil vê-los como oportunidade para o desenvolvimento em vez de vê-los como problema. “Muitos leitores lembraram à jornalista os milhões de colombianos que já buscaram refúgio na Venezuela, onde muitos também tiveram filhos.

A jornalista (que também contou com algumas vozes de apoio) se defendeu no Twitter escrevendo que “a recepção que a Venezuela deu aos colombianos é reconhecida, mas que esse não é o ponto da questão. O ponto é que a migração em massa em condições tão vulneráveis ​​não é o contexto ideal para ter filhos. Há responsabilidades individuais e estaduais, é disso que a minha coluna trata. “

Lamentável um tema tão delicado como esse ser tratado de maneira tão fria,  ainda mais por uma pessoa que é formadora de opinião, não é mesmo?

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Desamparo

Tanto o ACNUR quanto outras organizações não-governamentais alertam que os bebês apátridas são uma questão pendente na Colômbia. “Recomendamos que, qualquer que seja o caminho que as autoridades colombianas decidam seguir, seja uma lei ou um decreto, o mecanismo permite resolver esses casos”, diz Juan Ignacio Mondelli, responsável pela proteção do escritório regional do ACNUR.

O organismo internacional pontua que os filhos de imigrantes podem passar a vida inteira sem direito a acessar vários serviços básicos, como saúde ou educação. “Eles vivem nas sombras e, na prática, são excluídos”, afirma o funcionário do organismo internacional. As Nações Unidas não são a única entidade a demonstrar preocupação sobre o caso.  A Defensoria do Povo da Colômbia também pede às autoridades deste país para abordar a questão.

“A complexidade do fenômeno e as problemáticas daí decorrentes na garantia dos direitos das pessoas com maior vulnerabilidade, como crianças e migrantes, tais como o risco de apatridia, a desnutrição, a falta de acesso a escolas e serviços de saúde, entre outros, dão conta da necessidade de que as autoridades nacionais atuem rapidamente para evitar prejuízos irremediáveis ​​”, disse a entidade à BBC News Mundo.

A defensoria acrescenta que “muitos menores de idade nascidos em nosso país não tem nacionalidade, o que resulta na impossibilidade de acesso e garantia de seus seus direitos fundamentais, aumentando assim a vulnerabilidade dessa população.”

Jorge

Bogotá e o departamento fronteiriço do Norte de Santander são os dois destinos mais comuns da diáspora venezuelana. Mais de 270.000 imigrantes se estabeleceram na capital colombiana, enquanto 176.695 pessoas do país vizinho estão localizadas na área de fronteira, principalmente na cidade de Cúcuta.

Maria, mãe do pequeno Jorge, é uma delas. A venezuelana cruzou a fronteira porque sua gravidez era perigosa e após o parto decidiu ficar na Colômbia. O bebê nasceu em fevereiro deste ano e teve que receber cuidados especiais por causa do peso baixo e do estado de fragilidade em que se encontrava.

“Eu não sei se será colombiano ou venezuelano, mas quero que esteja saudável”, disse a mãe, na ala pediátrica do hospital público de Cúcuta. María relata que o marido tenta deixar a Venezuela para se juntar a eles, mas ainda precisa juntar mais dinheiro. Nesse meio tempo, ela fica com uma prima que mora em Cúcuta há alguns anos. Ela espera começar a trabalhar em uma padaria.

Maria
Jorge nasceu na Colômbia e teve que receber cuidados especiais por causa do baixo peso

Por que não podem ser considerados colombianos?

Ao contrário de outros países da América Latina ou dos Estados Unidos, o nascimento em território não confere nacionalidade na Colômbia. Entre 2017 e 2019, mais de 3.300 recém-nascidos filhos de imigrantes venezuelanos foram registrados neste país, mas não adquiriram a nacionalidade colombiana. Carlos Negret, Defensor Público, salienta que é por isso que uma lei que permita que “as crianças obtenham a nacionalidade por adoção” é necessária.

“Neste momento essas crianças estão em um limbo jurídico. Nós não vemos, da Ouvidoria, que a situação na Venezuela vai melhorar e é por isso que as crianças vão continuar nessa situação”, disse a autoridade.

A entidade colombiana apresentou um projeto de lei perante o Congresso em abril para que todos os bebês de imigrantes venezuelanos nascidos na Colômbia possam obter a nacionalidade deste país. “O número de crianças nesta situação é extremamente grave. Nós temos que cortar (esse número), acabar com a má administração dessas crianças”, disse Negret. O defensor público salientou que esta situação deve “superar qualquer tipo de nuance política”.

Pais de crianças venezuelanas nascidas em outros países geralmente tem problemas para registrar o nascimento do bebê, porque não tem acesso a um número cada vez menor de consulados venezuelanos, ou porque não tem os papéis da imigração. 

O futuro

Júlia e Maria concordam que gostariam de voltar para a Venezuela, mas não sabem quando isso será possível. Enquanto isso, esperam encontrar apoio na Colômbia para que seus filhos tenham acesso à saúde e educação. Elas receberam atenção no sistema público hospitalar, mas sabem que, como os filhos não são colombianos, eles não poderão ter atendimento médico caso tenham algum problema.

No início de junho, o presidente Ivan Duque se reuniu com emissários do ACNUR para tratar do crescente problema dos bebês apátridas. O governo sinalizou que adotaria medidas para evitar que as crianças sejam deixadas em situação de desamparo, mas ainda não anunciou quais serão.

A atriz americana Angelina Jolie, embaixadora do ACNUR, também demonstrou preocupação com a questão em sua recente visita à Colômbia. “O presidente e eu conversamos sobre o risco de que mais de 20 mil crianças venezuelanas se tornem apátridas e estamos comprometidos em apoiá-las”, disse Jolie.  Ela  cobrou também maior apoio por parte da comunidade internacional para os países que mais tem recebido imigrantes venezuelanos que são Colômbia, Peru e Equador. 

Enquanto o Congresso e o governo debatem possíveis soluções para este conflito inesperado, Júlia e Maria cuidam de Diego e Jorge. Júlia segue em uma rua de Bogotá rodeada de restaurantes, oferecendo seus produtos de limpeza, inclusive quando chove. Maria permanece em Cúcuta. Os filhos, nascidos em meio ao seu êxodo, são os motivos que elas têm para não desistir.

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Fonte:  Sites BBC News Mundo  e Uol

Revolución Netflix

Cem anos de solidão é a obra mais importante, escrita em língua espanhola, depois de Dom Quixote de la Mancha de Miguel de Cervantes.  O livro, de autoria do ganhador do prêmio Nobel de Literatura, o colombiano Gabriel Garcia Marquez é um sucesso absoluto há várias décadas, contando com mais de 50 milhões de exemplares vendidos  — um verdadadeiro clássico da Literatura mundial.

 E pra quem é fã de Gabo e deseja ver suas obras divulgadas nas mais variadas plataformas, lá vem uma notícia boa: a Netflix comprou os direitos de Cem Anos de Solidão. Os filhos do autor, Rodrigo e Gonzalo García, permitiram que a Netflix transforme o clássico de seu pai em uma série.  O idioma adotado será o espanhol, devido a uma exigência deixada pelo escritor — mas também refletindo o interesse da plataforma por esse idioma, depois do sucesso de  Narcos, Roma, La Casa de Papel, entre outros.

A Netflix contratará apenas talentos latino-americanos para a produção, que será rodada na Colômbia. “Sabemos que será mágica e importante para a Colômbia e a América Latina, mas o romance é universal”, disse Francisco Ramos, vice-presidente de produções em espanhol da empresa, ao The New York Times.

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“Cem anos de solidão”  é um clássico da Literatura mundial – Reprodução Internet

Rodrigo e Gonzalo García serão produtores-executivos, uma área familiar para o primeiro.  Ele foi diretor de quase uma dúzia de filmes, entre elas Coisas Que Você Pode Dizer Só de Olhar Para Ela (1999), o drama bíblico Últimos Dias no Deserto (2015) e Albert Nobbs (2012), adaptando a obra de John Banville. Cem Anos de Solidão será seu décimo projeto televisivo, depois de dirigir capítulos de Os SopranosSix Feet UnderThe AffairCarnivàle e Blue, uma websérie que também produziu entre 2012 e 2014.

Esta compra por si só já prolonga a enorme trajetória da obra.  Publicado em 1967 Cem Anos de Solidão é um desses títulos cujo legado —50 milhões de exemplares vendidos, traduções em 46 idiomas— dificilmente pode ser questionado. Seu sucesso, fundamental no reconhecimento internacional de García Márquez e um fator crucial para a concessão do Nobel de Literatura a ele, em 1982, foi um dos pilares do boom literário latino-americano dos anos sessenta e setenta. Hoje, considera-se um dos trabalhos mais conhecidos do século XX. A história que conta, a da família Buendía, descendentes do fundador do povoado de Macondo, é até hoje uma saga imortal, vigente como leitura obrigatória no mundo inteiro, seja no mais remoto colégio do Meio-Oeste norte-americano ou em altos círculos acadêmicos europeus.

Rodrigo herdou do pai não só o interesse pelo cinema como também a convicção de deixar suas obras em paz. “Não dirigirei um romance do meu pai porque seria um fenômeno de imprensa, não seria visto com objetividade”, refletia ao EL PAÍS em 2008 (não informou se dirigirá Cem Anos de Solidão). Naquela entrevista, comentava que Hollywood começava a agrupá-lo entre Alfonso Cuarón e Guillermo del Toro como os artífices da revolução hispânica de Hollywood. Agora, em tempos de RomaNarcos e do Pinóquio que Del Toro está prestes a lançar pela plataforma, a revolução hispânica segue em frente. Mas será preciso mudar o seu nome. Já não é de Hollywood, e sim da Netflix.

Fontes: Sites El País Brasil e Revista Bula

Figura sempre polêmica

Pablo Escobar, o narcotraficante mais conhecido do mundo, em todos os tempos,  é uma figura que sempre gera polêmica. Odiado por muitos e amado por outros, o criminoso já foi tema de filmes, livros, séries, documentários e até mesmo de obras de arte!

A figura de Escobar sempre gera curiosidade, e consequentemente audiência. Muitos criticam essa superexposição porque seria uma espécie de apologia ao crime e à violência. Outros acreditam que é importante que as pessoas, especialmente os mais jovens, conheçam bem sua história, até mesmo para evitar que ela se repita.

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O salão de cabeleireiro “El Patrón” é um pequeno estabelecimento dedicado ao traficante no bairro criado por ele em Medellín – Foto Raúl Arboleda – AFP

Na Colômbia, terra natal de Pablo, uma outra personalidade muito conhecida do país, o artista plástico Fernando Botero, gerou polêmica ao pintar o criminoso em duas oportunidades. Os dois quadros mostram um Pablo Escobar enorme sobre telhados de casas.

Em um deles, o barão do tráfico está de pé, atingido por várias balas. No segundo, aparece derrubado em cima do teto de uma casa, que foi o local de seu falecimento, há 25 anos.

Mesmo sem ser consideradas obras-primas de Botero, os quadros “La muerte de Pablo Escobar”, de 1999 e “Pablo Escobar muerto”, de 2006, deram o que falar desde o momento em que vieram a público. Produziram muitos questionamentos sobre o porquê de Botero ter decidido retratar, à sua maneira, os momentos finais do chefão do tráfico.

Para saber um pouco sobre a história destas pinturas, que se encontram hoje no Museu de Antioquia em Medellín, a  rede BBC conversou com Juan Carlos Botero, filho de Fernando Botero e estudioso da obra do pai.

Duas séries

O filho do pintor explica que os dois quadros de seu pai sobre Escobar são parte de duas séries distintas de pinturas, produzidas em momentos diferentes.

A primeira pintura (“La muerte de Pablo Escobar”, com o traficante de pé) é parte de uma série sobre a violência na Colômbia, da qual também fazem parte recriações de conflitos armados e episódios ocorridos no país dos anos 1950 para cá, como massacres e atentados.

O segundo quadro, no qual Escobar aparece já morto, é parte da outra série na qual são retratados momentos violentos da Colômbia e do resto do mundo.

“As duas coleções têm uma grande carga de denúncia, e são nelas que aparecem as imagens de Escobar”, diz Botero.

O especialista diz que seu pai achava “impossível virar as costas às atrocidades que ocorriam na Colômbia”, como sequestros, massacres, torturas e a violência do narcotráfico.

“Meu pai não fez estes quadros para mudar a realidade, mas para manter a memória destes episódios e para que não sejam esquecidos. A intenção era relatar a brutal realidade colombiana”, acrescenta.

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Tela “La muerte de Pablo” exposta no museu da Antioquia – Reprodução BBC Brasil

Pablo gigante

Para além do estilo particular de Botero, há alguma razão para Escobar ter sido retratado como um gigante nas pinturas?

De acordo com filho do pintor, que é autor do livro “A arte de Fernando Botero”, de 2011, o tamanho de Escobar nas pinturas reflete o tamanho da tragédia que se abateu sobre a Colômbia.

“A figura (de Escobar) é monumental, comparada ao resto do ambiente, para mostrar a dimensão que (o narcotráfico) adquiriu na Colômbia”, diz ele.

Juan Carlos Botero acrescenta que tamanhos e formas são parte importante da obra de seu pai.

“O tamanho das figuras nestes quadros de Escobar mostram a dimensão quase mítica que ele chegou a ter”, diz ele.

O repúdio de Botero a Escobar

Em livros e entrevistas, diz-se que Pablo Escobar fez duas previsões a seus comparsas mais próximos: de que Botero o pintaria, e de que Álvaro Uribe seria presidente da Colômbia. As previsões são uma espécie de lenda, e não há comprovação de que Escobar realmente tenha dito isso.

Finalmente, as duas se tornaram verdade.

De qualquer forma, o filho do pintor esclarece que o mestre colombiano repudia o narcotraficante, e jamais recebeu uma encomenda de Escobar para pintá-lo.

“Sendo Escobar tão grandiloquente quanto era, não tenho dúvidas de que possa ter desejado que meu pai fizesse uma pintura sua. Mas a realidade é que nunca chegou a pedir”, disse Juan Carlos Botero.

O especialista, que é também escritor de ficção, acrescenta que seu pai repudiou o fato de Escobar ter pinturas suas em sua coleção de arte.

Sabe-se que o narcotraficante tinha milhões de dólares em pinturas. Entre elas, havia ao menos um trabalho original de Fernando Botero e algumas réplicas.

Botero, em meados dos anos 1980, deixou público seu repúdio a isto em entrevistas à imprensa.

Fernando Botero
O artista plástico Fernando Botero é conhecido mundialmente – GETTY IMAGES

Outro aspecto destacado pelo filho do pintor é o de que seu pai, nascido em Medellín, desejava que sua cidade fosse conhecida como capital artística da Colômbia. E não como capital mundial de homicídios, como Escobar a tornou conhecida há trinta anos.

E você também acha que figuras como as de Pablo Escobar devem ser lembradas frequentemente?

Fontes: Sites BBC Brasil News e Estadão.

Saiba quais são as 20 melhores universidades da América Latina

Quem deseja estudar em uma Universidade de qualidade na América Latina, deve começar a buscar por esses cinco destinos:  Chile, Brasil, Colômbia, Argentina e México.

Esses países concentram as 18 melhores universidades latino-americanas de 2018, segundo a pontuação da classificação anual QS Latin America Rankings.  Os QS World University Rankings são classificações universitárias anuais publicadas pela Quacquarelli Symonds (QS), do Reino Unido. Trata-se de uma das três classificações internacionais de universidades mais influentes e amplamente observadas no mundo inteiro.

Quatro centros universitários, incluindo o número 01 da região, estão no Chile, enquanto o Brasil se destaca por ter sete instituições de educação superior entre as melhores avaliadas. 

Quatro instituições da Colômbia também disputam os primeiros lugares, mas a Universidade Nacional Autónoma de México (UNAM),  a maior da região está melhor posicionada que as colombianas.

Da Argentina também se destaca sua maior universidade pública, a Universidade de Buenos Aires, que alcança uma melhor pontuação na classificação global do que na regional.

Além desses países, entre os primeiros 20 lugares também está a principal universidade da Costa Rica e de Cuba.

As 20  primeiras colocadas são as seguintes:

QS Latin America Rankings 2019
1. Pontificia Universidad Católica Chile
2. Universidade de São Paulo Brasil
3. Universidad Estadual de Campinas Brasil
4. Universidad Nacional Autónoma de México México
5. Universidad de los Andes Colombia
6. Instituto Tecnológico y de Estudios Superiores Monterrey México
7. Universidad de Chile Chile
8. Universidad de Buenos Aires Argentina
9. Universidade Federal do Rio de Janeiro Brasil
10. Universidad Nacional de Colombia Colombia
11. Universidad Estatal Paulista Brasil
12. Pontificia Universidad Católica de Río de Janeiro Brasil
13. Universidad de Santiago de Chile Chile
14. Universidad de Concepción Chile
15. Universidad de Antioquia Colombia
16. Universidade Federal de Minas Gerais Brasil
17. Pontificia Universidad Javeriana Colombia
18. Universidad Federal de Río Grande del Sur Brasil
19. Universidad de Costa Rica Costa Rica
20. Universidad de La Habana Cuba

Como é são avaliadas?

O grupo QS, que publica os rankings universitários mundiais a cada ano, avalia, no caso da América Latina, uma pontuação através de oito indicadores.

Os dos principais são a reputação acadêmica (30%), baseada em entrevistas com acadêmicos, assim como a qualificação que é dada por empregadores a ex-alunos dessas universidades (20%).

Também se evaluam outros aspectos sobre produção de ciência: como quantos estudos produz cada universidade e o quanto esses estudos são citados nas investigações de outras instituições.

PUC Santiago
Pontifícia Universidad Católica em Santiago – Chile – Reprodução Internet

A Pontificia Universidad Católica de Chile aparece pelo segundo ano consecutivo na primeira posição da América Latina. Embora a Universidad de Buenos Aires ocupe um lugar melhor na classificação mundial do que na regional, pois, se encontra no  lugar 73, enquanto que a universidade  chilena está na posição 132.

Isso acontece porque o ranking QS global dá um valor diferente aos indicadores:

A nível mundial a reputação acadêmica abrange 40% da calificación, enquanto que  a qualificação dos empregadores  representa uma porcentagem de 10%.

Muito bacana ver o Brasil bem representado né?

Fonte: Site BBC Mundo

Alegria partiu, foi embora…

Com a eliminação do Brasil, nessa sexta-feira,  diante da Bélgica pelas quartas de final, a Copa ficou sem nenhum representante latino. Que me desculpem os europeus, inventores do futebol, mas o Mundial da Rússia perdeu muito ao virar uma EuroCopa. Talvez o momento deles seja melhor mesmo: são mais altos, são mais fortes, tem mais dinheiro,  são mais organizados, mas não tem nossa alegria. Se no século 19, lá na terra da Rainha, foi criado o esporte que tempos depois se tornaria  umas das maiores atrações do planeta, foi por aqui pela América, em especial pela do Sul, que o futebol foi criando áureas de paixão e ganhando cores de alegria. Ninguém se envolve como a gente: Festejamos e sofremos com a alma e coração. 

Por aqui o futebol está longe de ser só mais um esporte, está mais para religião.  Nós transformamos o jogo criado pelos ingleses em algo muito maior. O que era pra ser apenas  mais uma modalidade cheia de regras, às vezes complicadas, com jogadas violentas, se tornou um verdadeiro espetáculo, graças aos nossos dribles, à nossa gingada, paixão e habilidades natos.

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Pela América Latina o futebol é quase uma religião – Imagem Reprodução Internet

O Mundial da Rússia continua, mas seria muito melhor se ainda houvesse uma seleção de sangue latino no páreo. A emoção colombiana, a garra uruguaia, a farra mexicana,  a paixão argentina, a irreverência brasileira com certeza fazem falta.

Esperamos que no Catar tenhamos mais sorte! 😉

Replay

“Em time que está ganhando, não se mexe”. Esse é um dos ditados populares mais conhecidos e mais certeiros. A máxima serve pra tudo, não só para o ramo dos esportes. Na música, por exemplo, é muito comum ver artistas de sucesso fazerem parcerias com outros grandes nomes e o resultado como ser bem exitoso. Como foi o caso, mais recentemente, dos colombianos Skakira e Maluma.  No último álbum da cantora, “El Dorado” há dois duetos com o pretty boy: “Chantaje” e “Trap”.

“Chantaje” foi um sucesso instantâneo já em seu lançamento em 2016, batendo recordes de reproduções na internet e marcando presença nas baladas pelo mundo afora. Já que a parceria deu tanto certo por que não lançar um novo clip juntos não é mesmo? Para alegria dos fãs,  a dupla lançou o vídeo clip do single “Trap”, logo nesse início de 2018.  O vídeo  tem um tom introspectivo:  é todo em preto e branco e mostra cenas de Shakira e Maluma em uma banheira com água clara.  A fotografia é idêntica à da capa do disco da popstar, lançado em maio de 2017. A letra fala de alguém que está receoso de amar novamente, após se decepcionar bastante com o amor.

“Trap” não tem uma pegada dançante como a  de “Chantaje”, mas é uma baladinha gostosa de ouvir e ótima pra treinar o espanhol. 😉

Confira os clipes das duas músicas abaixo e escolha a sua favorita:

 

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