Clássico do Pacífico

Na próxima quarta-feira Chile e Peru  disputam uma vaga na grande final da Copa América, disputada no Brasil. O Clássico do Pacífico, como é tradicionalmente conhecido,  promete ser marcado por uma grande rivalidade que vai muito além das 04 linhas.  Quando entrarem em campo na Arena do Grêmio, as duas seleções carregarão uma contenda nascida há mais de um século – mais precisamente entre 1879 e 1883, quando, durante quatro anos, Chile e Peru protagonizaram a ‘Guerra do Pacífico’ – que, até hoje, permanece viva no imaginário de chilenos e peruanos.

No dia primeiro de março de 1879, a Bolívia, que gozava de uma aliança secreta com o Peru – o Tratado de Defesa, assinado seis anos antes – declarou guerra ao Chile, após a tensão causada pela atuação de empresas chilenas em regiões ricas em recursos naturais na fronteira entre os países atingir patamares insustentáveis.

Sabedor do poderio do exército chileno, em um primeiro momento, o Peru buscou uma saída diplomática para o conflito, mas, sem sucesso, acabou-se vendo sem  outra alternativa senão cumprir seu acordo com a Bolívia e entrar na guerra, dando asas a uma disputa que segue viva até os dias atuais entre os três vizinhos.

Com a Bolívia despreparada para o conflito e sem contar com uma marinha de guerra, o Peru foi um alvo marítimo fácil para o Chile. Em terra, os chilenos também triunfaram e, marchando ao norte, conseguiram tomar a atual capital peruana, Lima. Por pouco, todo território do Peru não foi dominado.

Sem alternativas, no dia 21 de outubro de 1883, o Peru assinou o Tratado de Ancón e pôs um ponto final ao combate entre os três países. Vitorioso, o Chile herdou a província de Tarapacá do Peru e tirou a província de Antofagasta da Bolívia, a deixando sem saída soberana para o mar – até hoje,  o impasse é considerado uma ‘questão nacional’ para os bolivianos.

Apesar da assinatura que findou a guerra, o Peru nunca aceitou a perda de parte de seu território. Os peruanos reivindicam uma faixa que lhes acrescentaria aproximadamente 40 mil quilômetros às suas águas territoriais. Enquanto o Chile rejeita a discussão, com base em tratados assinados na década de 50, segundo o país.

No final de 2012, o Peru reacendeu o debate sobre sua fronteira marítima com o Chile ao entrar com processo no Tribunal Internacional de Haia, o principal órgão judicial das Nações Unidas, para revisão do caso. Após mais de uma semana de debates entre seus representantes, os países ainda aguardam uma decisão oficial.

Disputa por patente

Quem já teve oportunidade de visitar um desses países, com certeza deve ter provado uma das bebidas mais populares em ambos: o pisco,  destilado feito à base de uvas. Como não bastasse toda a questão da Guerra do Pacífico o produto também é motivo de disputa entre os países: ambos defendem com unhas e dentes a paternidade da bebida.

O debate ganhou novos contornos quando alguns investigadores, liderados por Pablo Lacoste, descobriram no Arquivo Nacional de Santiago um documento feito pelo escrivão do Império Espanhol em 1773 registrando a existência de três vasilhas com a bebida na fazenda La Torre, no Valle del Elqui, no norte chileno. “A evidência documental estabelece que o pisco é um tipo de aguardente de uva que começou a ser feita no Chile no século XVIII”, afirmou Lacoste.

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O pisco sour é um delicioso coquetel alcoólico típico da gastronomia sul-americana e que pode ser comparado à nossa caipirinha. Foto Reprodução – Internet

Historiadores peruanos refutaram esta versão, assegurando que no Peru existem registros da elaboração do pisco mais de um século antes, em 1613. “A notícia mais antiga é a de Pedro Manuel ‘O Grego’, considerado o primeiro produtor de pisco do Peru.  “O porto de Pisco está no Peru”, de onde a bebida ganhou essa denominação, assegura à AFP José Moquillaza, especialista peruano em pisco.

Pelo jeito essa “guerra” pela patente do pisco não vai acabar tão cedo… Rs

Uma coisa é certa: a origem não faz muita diferença para aquele bom turista que como a gente quer aproveitar o que de há de melhor em cada lugar. Seja peruano ou chileno vale muito apena experimentar essa deliciosa iguaria andina.

¡Salud! E vida longa ao pisco! 🥂

Fontes:  ESPN Brasil e G1.

 

Gol da Argentina

Enquanto por aqui no Brasil vivemos um momento muito turbulento na política e muitos direitos sociais estão sendo questionados, na capital da nossa vizinha Argentina, os jovens conseguiram um importante auxílio para o desenvolvimento deles como cidadãos. A Prefeitura de Buenos Aires lançou um cartão que fornece benefícios e crédito no valor de 250 pesos mensais para os jovens terem acesso a  teatros, museus, cinemas, compra de livros ou fazer um curso voltado para a área cultural.

O lançamento aconteceu nesta terça dia 09 na sede do governo portenho. Estiveram presentes o chefe de gabinete Felipe Miguel, o  ministro de Cultura da cidade, Enrique Avogadro e  a ministra da Educação Soledad Acuña. O “Passe Cultural contempla 70 livrarias, 10 cinemas 25 teatros e diferentes centros culturais.   Funciona como  um cartão de débito e poderá ser usado somente nos locais credenciados.  Para se inscrever no programa o aluno deve apresentar um certificado comprovando que está frequentando a escola regularmente. 

“A iniciativa faz parte da visão transformadora que temos na cidade basicamente, para o desenvolvimento. É  uma ferramenta de inovação em matéria de políticas culturais, como acontece na Espanha, Uruguai e outros países. Construimos o programa escutando os jovens, trabalhamos muito em equipe, fazendo diferentes tipos de pesquisas de campo, para conhece-los e entende-los melhor. Nos deparamos com uma geração que já é protagonista em matéria cultural”, explicou Avogadro, entusiasmado com a iniciativa.

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Imagem – Reprodução Internet

“Queremos dar uma resposta a esse anseio por cultura dos jovens.  O programa vai estar à disposição de todos os estudantes do Ensino Médio de escolas públicas e nacionais da cidade. Todos os meses terão uma quantia que estará disponível para incentivar  o consumo cultural. Atende a um desejo de independência e autonomia deles. Todos já tivemos 16 anos e desejávamos ter essa liberdade também”, acrescentou.

“Nós queremos que os adolescentes disfrutem de  toda diversidade cultural que  Buenos Aires oferta”  – ressaltou o chefe de gabinete da cidade Felipe Miguel. 

Muito bacana a iniciativa né? Investir em cultura é também investir em educação 😉

Fonte: Site Jornal El Clarín

Monedas de Latino América

    A história de um país pode ser vista sobre vários ângulos.  Entre eles podemos citar: as línguas faladas, as músicas tradicionais, o folclore e também as moedas adotadas.  No caso brasileiro, por exemplo, desde a independência, em 1822, já tivemos 09 moedas, sendo que a primeira foi  o réis nome  que, coincidentemente, deriva de real nossa atual moeda.

cem mil cruzeiros    As moedas tem um valor simbólico e de credibilidade muito forte, por isso trocas constantes não são vistas com bons olhos. Como a estabilidade financeira não costuma ser um ponto forte dos países latinos americanos, as moedas nacionais, não só no Brasil, mas em vários países, já foram mudadas em muitas ocasiões. Pensando em contar um pouco da história do Brasil e de vários países latinos pelo viés da moeda, o Memoria da América Latina,  em São Paulo, inaugura a exposição Moedas do Brasil e da América Latina.    

    Em parceria com o Museu de Valores do Banco Central, a mostra reúne exemplares de moedas  e cédulas que circularam no Brasil desde os tempos do Brasil Colônia até o real de hoje, além de pôsteres que relatam os vários períodos da História do Brasil. As moedas e cédulas  da maioria dos países da América Latina também estão representadas na mostra. O público pode visitá-la a partir de 9 de maio, até 30 de julho, diariamente das 9h às 18h. A entrada é gratuita.

Fonte: Site oficial – Memorial da América Latina

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