Baila Vini Jr

Os jogares de futebol brasileiros são conhecidos pela sua habilidade, dribles irreverentes e alegria em campo. Essa desenvoltura, que anda ao lado da competência, nunca foi um empecilho pra nossos craques se destacarem aqui no Brasil e também na gringa, pelo contrário. Mas esse prazer de jogar bola, que nossos atletas manifestam, aliado ao grande talento, infelizmente parece incomodar alguns. Prova disso, foi o que aconteceu com o craque Vinícius Jr, que joga atualmente pelo Real Madrid: O jogador foi vítima de xenofobia e racismo em uma tacada só.

Na quinta-feira, dia 15 de setembro, durante o programa de TV “El Chiringuito”, o Presidente da Associação Espanhola de Empresários de Jogadores, Pedro Bravo, usou termos preconceituosos para se referir ao atleta brasileiro. Após a repercussão da fala, o atacante do Real Madrid se manifestou na tarde de sexta (16), em meio a uma série de apoios de grandes lendas do futebol.

O estopim da história foram as dancinhas feitas por Vini Jr. na comemoração de seus gols. Inicialmente, o jogador Koke, do Atlético de Madrid, afirmou que o brasileiro teria uma “confusão” caso fizesse isso ao marcar um gol no próximo domingo. Então, Bravo seguiu pela mesma linha de raciocínio no programa espanhol – mas comparou a atitude do atleta à de um “macaco”. “Você tem que respeitar o rival. Se quer dançar, que vá ao Sambódromo no Brasil. Aqui o que você tem que fazer é respeitar os companheiros de profissão e deixar de fazer macaquice”, declarou o agente. A fala de Bravo imediatamente revoltou colegas de programa, que logo o rebateram.

Passado o episódio, Pedro foi às redes sociais e tentou se retratar pelo que houve. “Quero esclarecer que a expressão ‘fazer macaquice’ que utilizei mal ao qualificar a dança do Vinicius na comemoração dos gols foi de maneira metafórica (‘fazer idiotices’). Como minha intenção não foi de ofender ninguém, peço sinceramente desculpas. Sinto muito!”, escreveu o presidente da associação.

Imagem: Twitter – ViniJr

Vini Jr. se manifesta

Diante da situação, Vini divulgou um vídeo rebatendo as falas racistas que recebeu, citando como suas conquistas incomodam. Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra”. Tenho essa frase tatuada em meu corpo e tenho uma atitude na minha vida que transforma essa filosofia em prática. Dizem que a felicidade incomoda. A felicidade de um preto, brasileiro e vitorioso na Europa, incomoda muito mais. Mas a minha vontade de vencer, meu sorriso e o brilho dos meus olhos são muito maiores do que isso”, iniciou.

O brasileiro, então, deu “nome aos bois” e não minimizou o que sofreu, pontuando como sua atitude não difere do comportamento de outras lendas do futebol. “Fui vítima de xenofobia e racismo em uma só declaração. Mas nada disso começou ontem. Há semanas começaram a criminalizar as minhas danças. Danças que não são minhas. São do Ronaldinho, do Neymar, do Paquetá, do Matheus Cunha, do Griezmann e do João Félix. Dos funkeiros e sambistas brasileiros, dos cantores latinos de reggaeton e dos pretos americanos. São danças para celebrar a diversidade cultural do mundo. Aceitem, respeitem, ou surtem. Eu não vou parar”, afirmou.

Vini ainda mencionou como busca incentivar a educação e como seguirá na luta para que racismo e xenofobia sejam combatidos de frente. “Não costumo vir publicamente rebater críticas. Sou atacado e não falo. Sou elogiado e também não falo. Eu trabalho e muito! Dentro e fora de campo. Desenvolvi um aplicativo para auxiliar a educação de crianças em escolas públicas sem ajuda financeira de ninguém. Eu estou fazendo uma escola com meu nome e farei muito mais pela educação. Quero que as próximas gerações estejam preparadas, como eu estou, para combater os racistas e os xenofóbicos”, acrescentou.

Por fim, o craque do Real Madrid deixou claro que não vai abaixar a cabeça e nem parar de dançar. “Sempre tento ser um exemplo de profissional e cidadão, mas isso não dá clique, não engaja em rede social. Então, os covardes inventam algum problema para me atacar e o roteiro sempre termina com um pedido de desculpas, ou um ‘fui mal interpretado’. Mas eu repito para você, racista: não vou parar de bailar. Seja no Sambódromo, no Bernabéu, ou onde eu quiser. Com o carinho e o sorriso de quem é muito feliz, Vini Jr”, concluiu ele.

Assista ao vídeo abaixo:

Desde este lamentável ocorrido, a hastag: #BAILAVINIJR vem viralizado em várias partes do mundo em solidariedade ao jogador brasileiro. Esperamos que ele siga sim bailando e demostrando sua alegria ao celebrar cada gol e cada vitória. No final do ano, desejamos que os jogadores latinos, especialmente, os nossos brasileiros, tenham muitas razões para bailar em campo durante a Copa do Mundo. Parafraseando o Velho Lobo Zagallo: Os racistas e xenófobos de plantão vão ter que nos engolir…

Fontes: Instagram e Site SoundLab

Um ano novo, várias formas de celebrar

Está chegando a hora de fechar mais um ano e receber um outro novinho em folha. O que você costuma fazer nesse momento especial? No vasto universo hispânico, existem várias formas de celebrar La Nochevieja. As tradições e simpatias são as mais diversas possíveis: desde lavar as mãos com champanhe até queimar bonecos com roupas velhas nas praças.

Confira no vídeo a seguir, como é comemorado o Ano Novo na Venezuela, Peru, México e Espanha. E se inspire para o Réveillon. 🍷🍇

Fonte: Canal Espanhol Dinâmico

Alguém tem que morrer

Se você quer compreender um pouco sobre como era a sociedade espanhola no período da ditadura franquista, não deixe de assistir a minissérie: “Alguém tem que morrer””, disponibilizada na Netflix. Ambientada nos anos 50, a trama apresenta a poderosa família Falcón, composta por Amparo (Carmen Maura), a matriarca da família, seu filho Gregorio (Ernesto Alterio), a esposa Mina (Cecilia Suárez) e pelo seu neto Gabino (Alejandro Speitzer). A reputação da família é posta à prova quando Gabino retorna do México acompanhado de um amigo bailarino, Lázaro (Isaac Hernández).

A série não perde tempo em estabelecer sua trama, a relação entre os personagens enquanto planta mistérios e intrigas suficientes para instigar o espectador a criar teorias sobre os segredos escondidos. Ao longo de seus três episódios, de aproximadamente 45 minutos, todo drama se desenrola. Quando a amizade de Gabino e Lázaro começa a ser questionada, o ponto central da história começa a se mostrar: O preconceito arraigado em uma sociedade extremamente conservadora e moralista. A família Falcón, que se destaca na alta sociedade, principalmente por seu favorecimento pelo governo e liderança conservadora da matriarca, não pode aceitar conviver com um filho homossexual.

Em uma época que a homossexualidade era tratada como pecado, doença e até mesmo crime, os “desviados” eram detidos e sofriam um “tratamento” a base de violência, sendo torturados em alguns casos até a morte. Alguém tem que morrer prova que certas coisas não mudam com o tempo. Infelizmente, muito do que é retratado na minissérie ainda, é visto nos tempos de hoje. Em um período que a religião era imposta através da cultura do medo, e a violência era exercida em nome da Igreja e do patriotismo. O conservadorismo e o poder militar ditavam as regras. Fica claro o discurso de “pátria limpa”, utilizando a religião para justificar o ódio, a violência e o preconceito no sentido amplo da palavra.

Através de seus temas, o enredo evidencia todos os problemas de uma sociedade conservadora e de um regime ditador. As tramas são movidas pela repressão e a violência. Algumas cenas são desconfortáveis e se tornam ainda mais dolorosas sabendo que ainda hoje acontece muito daquilo que é apresentado. A série chega a provocar uma certa revolta, ao refletirmos sobre como a imposição de padrões e regras comportamentais, podem causar inúmeros sofrimentos… Vale a pena conferir!

Fonte: mixdeseries.com.br

Resistiré

A música tem um poder terapêutico e funciona, muitas vezes, como um calmante, para espantar os males da vida. Em época de pandemia, preservar a saúde mental tem sido um grande desafio e nos países hispânicos uma canção antiga, lá do final dos anos 80 voltou às paradas para animar as pessoas a enfrentarem os horrores provocados pelo novo coronavírus. “Resistiré” é o nome da canção que revigorou os ânimos desde a Espanha até vários países latino-americanos.

“Cuando me amenace la locura / cuando en mi moneda salga cruz / cuando el diablo pase factura / si alguna vez me faltas tu” este é um pedacinho da canção do dupla Duo Dinámico. Para acompanhar a melodia por inteiro e também fortalecer os ânimos, click no link abaixo e confira uma das versões da obra:

Fonte: elmundo.es

Música para curar

Muita gente não sabe, mas um dos principais nomes da música latina, o uruguaio Jorge Drexler, além de cantor e compositor, é formado em medicina. Recentemente, o artista teve a oportunidade de concialiar suas dois paixões: Ele começou a participar de um  projeto promovido em hospitais espanhóis chamado “Música en Vena” – Música na veia.

A iniciativa tem como objetivo levar canções a pacientes que estão ingressados em diferentes áreas de hospitais na Espanha. “É um público muito especial porque se encontra muito sensível”, assegura Jorge, que já trabalhou muito tempo em hospitais do  Uruguai.

Jorge
O cantor e compositor uruguaio Jorge Drexler é formado em medicina – Imagem – Internet 

“É um privilégio para alguém que escreve canções e que vive de música tocar em um momento delicado do ser humano, como é o momento de estar em um hospital”, diz Drexler. “Um dos doutores que nos acompanhou nos disse que com o sorriso que se produz e com o ambiente que deixamos na sala já alcançamos um avanço” – ressalta o cantor.

Seu contato com a enfermedade, com o sofrimento humano, com a fragilidade da saúde proporciou ao cantor a oportunidade de dispensar uma identidade compositiva mais sensível em sua música que, depois de anos e voltas,  o levou a se reencontrar com as frias salas de um hospital. A intenção é poder fazer com que esses lugares se aqueçam um pouco com suas melodias.

Canções para Irene

Irene Roblas nasceu prematura. Seu corpo é pequeno e frágil. Por isso, no Hospital Severo Ochoa de Leganés em Madrid, estão dando todo o suporte que a família necessita.

Música en vena ajuda a tornar o ambiente hospitalar menos hostil e mais familiar para os pacientes e familiares”, comenta  Ersilia González, responsável pelo setor de recém-nascidos  do centro médico.

“Estavam presentes os pais e a neonatóloga que acompanha  Irene e pudemos notar a reação dela através dos movimentos” – acrescenta Drexler, que deu um recital pessoal  e íntimo para esta bebê que, naquele momento, completava 22 dias em uma incubadora, lutando pela vida.

“Eu acredito que a música  cura, claramente”, concluie.

Assista ao emocionante vídeo de Jorge cantando para a pequena Irene ❤

Fonte: Site La Red21

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