Gabo: A criação de Gabriel García Márquez

Se você ainda não leu nenhuma obra de Gabriel García Márquez, já vai colocando algum livro desse mestre na sua lista de livros a serem lidos antes de morrer. Gabo, como era chamado pelos mais íntimos, é um daqueles autores indispensáveis. Ele tinha a incrível habilidade de contar histórias, já conhecidas pelo público, de uma maneira totalmente espetacular. No documentário sobre sua vida, disponibilizado pela Netflix, entendemos melhor como o colombiano conseguiu elevar a literatura em língua espanhola a um outro patamar, através de seu realismo mágico.

No filme conhecemos a história de Gabo, desde a sua infância, na pequena cidade de Aracataca, na costa do Caribe colombiano. Aliás, o Caribe vai fazer parte de sua personalidade e também de sua obra durante toda vida, assim também como a criação por parte dos avós vai marcar profundamente sua existência.

O dom de escrever é algo natural para Márquez desde muito jovem, tanto que ele ganha a vida como jornalista, antes de si firmar como um grande escritor. O jornalismo é uma paixão que dura até a velhice de Gabo. O documentário mostra também como suas obras refletem a dor de uma Colômbia marcada por uma enorme violência, desde sua juventude e nos últimos tempos, especialmente relacionada aos conflitos do narcotráfico.

Gabo: a criação de Gabriel García Márquez traz depoimentos de familiares, amigos, colegas e admiradores do célebre autor de “Cem anos de solidão”. Um desses fãs é ninguém menos que o ex-presidente americano Bill Clinton, que se mostra um grande conhecedor da obra do colombiano.

Além dos depoimentos, o filme traz também entrevistas com o próprio autor, onde podemos ver características que sempre o marcaram: a doçura e a afetividade.

Se você também é fã de Gabo, não deixe de assistir ao filme, que é também uma linda homenagem… ❤

Famoso poema atribuído a Pablo Neruda é, na verdade, autoria de escritora brasileira

Sabe quando você tem certeza que um texto é de um determinado autor e, de repente, descobre que, na verdade, é de outro bem diferente daquele que você pensava? Tive essa experiência, essa semana, ao pesquisar um poema para ser apresentado na aula de Compreensão e Produção Oral em Espanhol.  Escolhi declamar o poema “Muere Lentamente” de Pablo Neruda, por considerá-lo uma verdadeira lição para a vida. Mas para minha grande surpresa, ao entrar no google descobri que a autoria é bem diferente, aliás, o texto original nem é em espanhol, mas sim, em português.

neruda sorrindo
Famoso poema “Muere Lentamente” foi atribuído erroneamente ao grande poeta chileno – Pablo Neruda

A autora é a jornalista e escritora gaúcha Martha Medeiros, brasileiríssima! Rs Não consegui identificar as causas do engano, mas o fato é que a maioria das pessoas, assim como eu, atribui “Muere Lentamente” ao grande poeta chileno e vão repassando o engano.

Achei a história bem curiosa e divertida, e logo tratei de desfazer o erro para meus colegas de classe Rs

Abaixo segue a versão do poema em espanhol com o devido crédito para Martha Medeiros.

Muere lentamente

Muere lentamente
quien se transforma en esclavo del hábito,
repitiendo todos los días los mismos trayectos,
quien no cambia de marca.
No arriesga vestir un color nuevo y no le habla a quien no conoce.

Muere lentamente
quien hace de la televisión su gurú.

Muere lentamente
quien evita una pasión,
quien prefiere el negro sobre blanco
y los puntos sobre las “íes” a un remolino de emociones,
justamente las que rescatan el brillo de los ojos,
sonrisas de los bostezos,
corazones a los tropiezos y sentimientos.

Muere lentamente
quien no voltea la mesa cuando está infeliz en el trabajo,
quien no arriesga lo cierto por lo incierto para ir detrás de un sueño,
quien no se permite por lo menos una vez en la vida,
huir de los consejos sensatos.

Muere lentamente
quien no viaja,
quien no lee,
quien no oye música,
quien no encuentra gracia en si mismo.

Muere lentamente
quien destruye su amor propio,
quien no se deja ayudar.

Muere lentamente,
quien pasa los días quejándose de su mala suerte
o de la lluvia incesante.

Muere lentamente,
quien abandona un proyecto antes de iniciarlo,
no preguntando de un asunto que desconoce
o no respondiendo cuando le indagan sobre algo que sabe.

Evitemos la muerte en suaves cuotas,
recordando siempre que estar vivo exige un esfuerzo mucho mayor
que el simple hecho de respirar.
Solamente la ardiente paciencia hará que conquistemos
una espléndida felicidad.

Martha Medeiros 

 

 

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