Um ano novo, várias formas de celebrar

Está chegando a hora de fechar mais um ano e receber um outro novinho em folha. O que você costuma fazer nesse momento especial? No vasto universo hispânico, existem várias formas de celebrar La Nochevieja. As tradições e simpatias são as mais diversas possíveis: desde lavar as mãos com champanhe até queimar bonecos com roupas velhas nas praças.

Confira no vídeo a seguir, como é comemorado o Ano Novo na Venezuela, Peru, México e Espanha. E se inspire para o Réveillon. 🍷🍇

Fonte: Canal Espanhol Dinâmico

Espirulina, o superalimento perdido da América pré-colombiana que o México tenta resgatar

Na Cidade do México, a espirulina tem aparecido em quase todos os cardápios. Desde os habituais smoothies (bebidas refrescantes a base de frutas) até em pratos mais tradicionais, como tortilhas e tlayudas (base de tortilha crocante com feijão frito e outras coberturas).

Mas não pense que este é um símbolo da invasão “hipster” da globalização dos alimentos saudáveis: na verdade, séculos antes de serem consideradas um “superalimento”, essas cianobactérias de cores vibrantes (ou algas verde-azuladas) — que crescem sobretudo em lagos alcalinos quentes, lagoas e rios nas zonas tropicais e subtropicais — eram um alimento básico na era pré-colombiana.

Os mexicas — ou astecas, como ficaram conhecidos posteriormente — colhiam a substância rica em proteínas da superfície do Lago Texcoco, um extenso corpo de água no centro do México que acabou sendo drenado em grande parte pelos espanhóis para abrir caminho para a construção da Cidade do México. As águas do lago tinham o equilíbrio perfeito entre salinidade e alcalinidade para o florescimento da espirulina.

Os mexicas a chamavam de tecuitlatl, palavra nahuatl que pode ser traduzida como “excremento de rocha”, embora tivessem decididamente um apreço maior por ela do que o nome sugere.

“As tradições orais dizem que os mensageiros e corredores mexicas na antiga Tenochtitlan comiam espirulina seca com milho, tortilhas, feijão ou pimenta como combustível para viagens de longa distância”, afirma Denise Vallejo, chefe que dirige o restaurante vegano Alchemy Organica, em Los Angeles, nos EUA.

Mesmo sem a ciência moderna, os mexicas puderam reconhecer a densidade de nutrientes que fez da espirulina um dos alimentos preferidos da atualidade. Ela tem cerca de 60%-70% de proteína e aminoácidos essenciais, além de muitas vitaminas e minerais, sobretudo ferro, manganês e vitaminas B, de acordo com a Encyclopedia of Dietary Supplements.

Na verdade, é tão saudável e relativamente fácil de cultivar que especialistas acreditam que pode ser uma potencial fonte de alimento para as futuras colônias de Marte. É claro que, para os conquistadores espanhóis que chegaram no século 16, parecia estranho.

No México, a espirulina aparece sob diferentes formas nos cardápios — de smoothies a pratos tradicionais – Antons Jevterevs/ALAMY

Bernal Díaz del Castillo escreveu em suas memórias de 1568 sobre “uma espécie de pão feito de um tipo de lama ou limo coletado da superfície do lago e comido dessa forma, e que tem um sabor semelhante ao nosso queijo”.

E o frade franciscano Bernardino de Sahagún incluiu ilustrações da colheita de espirulina em seu estudo etnográfico do século 16, o Florentine Codex.

“Depois da invasão espanhola, a maior parte de seu consumo diminuiu com a drenagem dos lagos do Vale do México”, diz Vallejo. “E muitos dos espanhóis não gostavam de suas propriedades ‘viscosas’ ou ‘pegajosas’. O conhecimento de seu consumo se perdeu por muito tempo.”

O mundo ocidental redescobriu o ingrediente nutritivo na década de 1940, quando um ficologista francês (cientista que estuda algas) notou que o povo Kanembu ao longo do Lago Chade, que banha Níger, Camarões, Nigéria e Chade, estavam colhendo espirulina e transformando-a em bolos que secavam ao sol chamados dihé.

Mas ela não fez seu grande retorno ao México até um feliz acidente na década de 1960, quando os proprietários da Sosa Texcoco — que produzia carbonato de sódio e cloreto de cálcio em uma grande lagoa em forma de caracol no que restou do Lago Texcoco — notaram uma substância de coloração verde arruinando o trabalho deles. Eles procuraram pesquisadores franceses, que concluíram que era o mesmo organismo que vinha alimentando os Kanembu por gerações.

Em vez de tentar erradicar as cianobactérias, a Sosa Texcoco reconheceu seu valor, incentivou seu cultivo e abriu a primeira empresa comercial de espirulina do mundo, a Spirulina Mexicana. Embora a Spirulina Mexicana já tenha fechado, uma microfazenda nos arredores de San Miguel de Allende, chamada Spirulina Viva, dá continuidade à antiga tradição.

Desde 2010, a americana Katie Kohlstedt e seu marido, Francisco Portillo, nascido em San Luis Potosí, cultivam espirulina fresca — que provavelmente tem um gosto muito semelhante à que os mexicas colhiam séculos atrás.

“Estamos muito orgulhosos de cultivá-la aqui”, diz ela. “Não precisávamos inventar algo novo ou trazer algo de outro lugar.” Embora muitas pessoas possam estar familiarizadas com a espirulina na forma de pó desidratado, a Spirulina Viva vende a substância verde crua e congelada, o que confere a ela um sabor muito mais delicado. “A espirulina fresca deve ser cremosa como um requeijão”, afirma Kohlstedt. “Se você fechar os olhos, pode achar que está comendo algo entre abacate e espinafre.”

Ela adverte que se você acha que a espirulina tem sabor de peixe, é provável que esteja comprando um produto de qualidade inferior — ou inclusive algum que use espinhas de peixe moídas para fornecer o fósforo que a espirulina precisa para crescer. Kohlstedt e Portillo organizam workshops de cultivo de espirulina e já receberam futuros agricultores de lugares distantes, como Austrália e Argentina.

O Lago Texcoco foi drenado em grande parte pelos espanhóis para construir a Cidade do México- Chico Sanchez / ALAMY

“É jardinagem combinada com química”, diz Kohlstedt sobre o processo. Mas, para muitos consumidores, o produto final ainda permanece sendo um mistério.

“Se eu ler mais um artigo que diz que a espirulina é cultivada no oceano ou [que mostra] a foto de uma alga marinha, vou gritar”, afirma ela, rindo.

Kohlstedt recomenda comer espirulina da forma mais simples possível, misturada em uma sopa quente de missô ou caldos, batida em um smoothie, passada no pão ou com guacamole e suco de limão, uma vez que a vitamina C mostrou ajudar na absorção de ferro. “Você vai se sentir como se tivesse acabado de comer o almoço de Popeye”, afirma.

Na Cidade do México, os chefes estão ficando cada vez mais criativos ao usar o ingrediente.

Você pode encontrar espirulina na tlayuda coberta com abacate e escamoles (larvas de formiga) no restaurante Balcón del Zócalo; ou iluminando uma tortilla na Cintli Tortilleria; adicionando um toque verdejante às tigelas de smoothie e cheesecakes no Vegamo; e até mesmo em coquetéis no Xaman Bar, de inspiração pré-colombiana.

Lá, o barman chefe, Kenneth Rodrigez, incorporou a espirulina em uma série de drinques, incluindo um coquetel à base de gim com limão mexicano e licor de aspargos.

“Eu uso quando alguém não gosta de clara de ovo ou [em drinques para] pessoas veganas, porque a espirulina tem proteína e podemos obter texturas interessantes”, diz Rodriguez, “sem falar na cor incrível e nos componentes nutricionais que ela fornece”. Ele acrescenta que o ingrediente “pode ainda ​​ser usado para realçar outros sabores, pois tem muitos minerais, como uma alternativa ao sal”.

Do outro lado da fronteira nas comunidades mexicanas-americanas, o uso da espirulina significou estabelecer uma conexão direta com o passado pré-colombiano.

No criativo restaurante mexicano Mixtli de San Antonio, por exemplo, os chefes Rico Torres e Diego Galicia apresentaram a espirulina em um menu especial inspirado na invasão espanhola. Eles participaram de um jantar colaborativo no Dia dos Mortos no James Beard House de Nova York, onde uma das entradas era um iogurte de espirulina defumado com ovas de truta e rabanetes.

No Alchemy Organica, Vallejo incorpora espirulina em pó à água fresca (bebida sem álcool tradicional mexicana) de abacaxi com sementes de limão e chia.

E ela usa inclusive como “um corante alimentar natural e reforço nutricional, junto com cactos e espinafre em pó” para preparar uma massa verde vibrante (feita com milho que foi nixtamalizado ou tratado com uma solução alcalina), que ela transforma em tortilhas e tamales coloridos.”Também uso para intensificar o sabor de alguns dos meus pratos inspirados em frutos do mar, já que oferece um sabor muito parecido com o das algas”, explica.

Os chefes abusam da criatividade ao usar a espirulina em pratos e drinques- Marsbars – GETTY IMAGES

E quando um de seus cozinheiros começou a vender espirulina fresca no mercado de agricultores, Vallejo passou simplesmente a colocar colheradas em suas bebidas. “Dá a energia que você espera de uma xícara de café!”, afirma.

De certa forma, esses chefs estão explorando algo muito mais profundo do que simplesmente o sabor ou a nutrição. Vallejo, que estuda curandeirismo (medicina popular), disse que a espirulina costuma ser vista como um desintoxicante para preparar rituais, feitiços e “cerimônias visionárias”.

Kohlstedt também ouviu falar sobre as conexões místicas do ingrediente:

“Alguém me disse que a razão de ser chamada ‘espirulina’ tem a ver com sua forma espiral, mas também com nosso DNA e como há algo realmente básico e espiritual sobre como nos relacionamos com as plantas [e as cianobactérias]. “

“Muitos dos ‘superalimentos’ desfrutados hoje têm uma rica história na Mesoamérica: chia, amaranto, cacau, abacate, cacto”, observa Vallejo.

“Acho que o atual movimento descolonizador nos Xicanx (mexicanos nos EUA), na América Central e em outras comunidades de língua espanhola está nos ajudando a redescobrir e lembrar nossos hábitos alimentares ancestrais. Devemos recuperar nossos alimentos e nossa sabedoria vegetal. Quanto mais os comemos, mais despertamos esse DNA e essa história.”

Fonte: BBC News Brasil

Resistiré

A música tem um poder terapêutico e funciona, muitas vezes, como um calmante, para espantar os males da vida. Em época de pandemia, preservar a saúde mental tem sido um grande desafio e nos países hispânicos uma canção antiga, lá do final dos anos 80 voltou às paradas para animar as pessoas a enfrentarem os horrores provocados pelo novo coronavírus. “Resistiré” é o nome da canção que revigorou os ânimos desde a Espanha até vários países latino-americanos.

“Cuando me amenace la locura / cuando en mi moneda salga cruz / cuando el diablo pase factura / si alguna vez me faltas tu” este é um pedacinho da canção do dupla Duo Dinámico. Para acompanhar a melodia por inteiro e também fortalecer os ânimos, click no link abaixo e confira uma das versões da obra:

Fonte: elmundo.es

Por que escrevemos “México” com x e não com j?

Você já parou pra pensar por que em espanhol “México” não é escrito com “j” (jota) conforme a pronúncia, mas sim com “x”? 🤔 A resposta é: uma questão de identidade nacional.

No espanhol antigo, existia o som [ ∫ ], o do dígrafo “ch” em “achar”. “México” era pronunciado com este som e escrito com “x”. No século XVII, o som [ ∫ ] desapareceu da língua espanhola e foi substituído pelo som [x], o das letras “rr” em “carro”. Em 1815 a Real Academia Española (RAE) determinou que os vocábulos grafados com “x” e pronunciados com o som [x] deveriam ser escritos com a letra “j”.

Essa resolução coincidiu com o período de luta pela independência do país. Os mexicanos não cederam e continuaram grafando “México” com “x”. Somente em 2001, a Real Academia aconselhou que o topônimo fosse escrito com “x”. Grafar “México” com “j” hoje em dia não é incorreto, mas o recomendado é escrever com “x” ✍😉

Fonte: Instagram @hispanofilia_

Por que não houve casos de Coronavírus na América Latina?

O novo coronavírus nomeado de covid-19 passou em poucas semanas de uma emergência local na China para uma epidemia que ameaça o planeta.

Em sua rápida propagação pelo mundo, o vírus que se originou na cidade chinesa de Wuhan – agora em quarentena – já havia atingido 24 países até a última sexta-feira (14 de fevereiro), segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

E desde que os primeiros casos surgiram em dezembro de 2019, 1,368 pessoas morreram e mais de 60 mil foram infectadas.

No entanto, nos países que compõem a região da América Latina, nenhum caso positivo de coronavírus foi confirmado até o momento (embora haja casos sob investigação).

No México, 11 infecções potenciais foram avaliadas e descartadas; na Colômbia, houve um caso em análise e o Brasil colocou sob investigação 47 casos ─ dos quais já descartou 43. Só um cidadão argentino testou positivo para o coronavírus, mas ele estava fora do país e recebeu tratamento no Japão.

Mas por que nenhum caso foi detectado na América Latina até agora?

“No caso da América Latina e do Caribe, uma das principais razões é que há menos viajantes e voos diretos da China em comparação com outros países da Ásia, Europa e América do Norte”, diz Sylvain Aldighieri, coordenadora de casos de coronavírus da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), à BBC News Mundo, o serviço de notícias em espanhol da BBC.

De fato, apenas em fevereiro de 2018 foi anunciado o primeiro voo direto entre a China e a América Latina. Operado pela companhia aérea Hainan Airlines, o voo liga a capital chinesa à Cidade do México. No entanto, essa não é a única razão pela qual nenhum caso de coronavírus não foi confirmado na região.

“Os países da região também implementaram medidas precoces de detecção e isolamento, além de fortalecer a vigilância”, relembra Aldighieri. Isso é evidente em certos pontos do continente.

Vários países latinos adotaram medidas de segurança nos aeroportos pra controlar a propagação do vírus.

Por exemplo, segundo o Ministério da Saúde do México, o país foi o primeiro que, devido à sua conexão aérea direta com a China, estabeleceu um protocolo de diagnóstico para confirmar a presença do vírus nos 32 centros que compõem a rede pública de laboratórios nacionais.

Outro país que assumiu a liderança foi o Chile. Segundo anunciou o ministro da Saúde do país, Jaime Mañalich, em janeiro, o governo decidiu fortalecer a Rede de Vigilância Epidemiológica, com objetivo de detectar com urgência qualquer condição ou doença respiratória nos hospitais.

Em 4 de fevereiro, a Colômbia se tornou o primeiro país da região a implementar um teste para diagnosticar o coronavírus em quem desembarca no país.

Outras nações também alocaram, de acordo com a OPAS, recursos extraordinários para impedir que a doença chegasse ao seu território.

No Brasil, o governo federal assinou medida provisória (MP) que destina crédito extraordinário de mais de R$ 11 milhões ao Ministério da Defesa para custear ações de enfrentamento de “emergência de saúde pública de importância internacional” provocada pelo coronavírus.

Dias antes, o presidente havia sancionado uma lei que trata das medidas de enfrentamento emergencial, no âmbito da saúde pública, da doença.

Vírus se originou na cidade chinesa de Wuham – Foto Getty Images

É possível que existam casos positivos que ainda não foram detectados na América Latina?

Na América Latina, essa possibilidade não pode ser descartada. Como na África, outra região que ainda não tem casos confirmados de coronavírus, é possível que haja pacientes infectados que não tenham sido detectados pelas autoridades, segundo a OMS.

“Como o covid-19 ainda não foi caracterizado, não há 100% de certeza de que ele não esteja mais circulando na América Latina”, diz a especialista. Aldighieri, no entanto, destacou o trabalho que está sendo realizado em nível regional, não apenas na detecção do vírus nos portos de entrada dos países, mas também nas fronteiras interiores.

“Desde a semana passada, especialistas em virologia da OPAS foram treinar e equipar laboratórios para responder a eventuais casos importados. Através desta iniciativa, antes do dia 21 de fevereiro, 29 laboratórios na América Latina estarão prontos para detectar o covid -19“, explica.

A Organização Pan-Americana da Saúde destacou o trabalho dos países da região para impedir a chegada do coronavírus à América Latina. Além disso, graças a outras pandemias que afetaram o continente no passado, a região conta hoje com uma estrutura capaz de combater o vírus.

“Todos os países do mundo correm o risco de importar a covid-19, incluindo a possibilidade de que a propagação dentro do país ocorra após a importação”, diz a porta-voz da OPAS.

Ela acrescenta: “No entanto, na América Latina, a estrutura para impedir a propagação de um vírus foi fortalecida após a pandemia do H1N1 (mais conhecido como gripe suína) que ocorreu em 2009 “.

Isso demostra que a região aprendeu com os erros do passado e está mais preparada para enfrentar novas ameaças globais…

Fonte: Portal Terra

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Barbie Catrina

Os mexicanos tem uma forma bem peculiar de celebrar o dia dos mortos em cada mês de novembro: fazendo festa. E um dos principais símbolos dessa celebração nacional é La Catrina. A icônica moça-caveira é mais que uma expressão cultural mexicana. É um símbolo político, de comportamento e estilo de vida, além de um movimento artístico e social.

Conhecida por alguns como la flaca ou la muerte, sua primeira versão – la Calavera Garbancera – foi gravada em metal pelo cartunista José Guadalupe Posada. Mais tarde, o pintor Diego Rivera a vestiu e a incorporou em seus murais, rebatizando a caveira com o nome que pegou: La Catrina. A figura da personagem é mostrada sempre vestida de forma elegante e luxuosa, sendo assim, La Catrina surgiu como uma forma de crítica social à classe política durante os governos mexicanos de Benito Juárez, Sebastián Lerdo de Tejada e Porfirio Díaz. Seu criador condenava, através dessa representação,  a miséria, o horrores políticos e a hipocrisia da sociedade mexicana da época, lembrando a todos que, pelo menos na hora da morte, somos iguais.  

 

 

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A “Catrina” foi criada pelo cartunista José Guadalupe Posada com teor de crítica social.

Hoje, a popularidade da charmosa caveira está, literalmente, na pele das pessoas. Tatuagens de La Catrina são muito comuns entre os mexicanos,  já que eles tendem a ver a vida de forma mais leve e o humor negro brilha quando passam por situações difíceis como a morte.  Embora as caveiras sejam vistas como algo sinistro em muito países, no México as pessoas as colorem com muitas cores para representar a alegria e retorno místico à vida.

Barbie Catrina

Pensando em homenagear a cultura do país e essa celebração tão importante que é o dia dos Mortos, a Mattel apresentou ao mundo a Barbie Catrina. Uma nova edição da boneca, inspirada na popular festa, foi lançada no dia 12 de setembro reproduzindo o esqueleto da elegante dama da alta sociedade mexicana.

O brinquedo é “uma homenagem ao México, suas tradições e seu povo”, de acordo com a fabricante do produto. O exemplar, cujo preço chega a 1.750 pesos (cerca de R$ 360 na cotação atual), usa um vestido decorado com flores coloridas e, em seus longos cabelos pretos com mechas azuis, borboletas-monarca e flor cempasuchil.

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“A boneca foi desenhada com muito amor pela tradição, porque o designer, Javier Meabe, tem raízes mexicanas e conhece a importância deste feriado”, explicou Cristina Lorenzo, vice-presidente de marketing da Mattel México. O vestido da Catrina foi inventado por Diego Rivera em 1947 para o mural “Sonho de uma tarde de domingo na Alameda”.

A Barbie Dia dos Mortos é a terceira boneca inspirada em mulheres mexicanas, depois das edições dedicadas à famosa pintora Frida Kahlo  e à golfista Lorena Ochoa lançadas em março.

A festa do Dia dos Mortos, realizada em 1 e 2 de novembro, foi nomeada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco em 2003. Saiba mais sobre como acontece essa grande festividade assistindo este vídeo do canal “Viagem ao Redor do Mundo” do brasileiro Rodrigo Ruas. 👇

Saludos e “¡Viva La Vida!” ou  “¡Viva la Muerte!”  como quieras… 😄🤔🤪💀🥂

Fontes:  Site Jornal Estadão e Blog ColaB55

A usurpadora, la série

Uma das novelas mexicanas de maior êxito no Brasil,  “A Usurpadora” vai ganhar uma nova versão. O remake faz parte de um projeto da rede Televisa intitulado pela emissora como “Fábrica de Sonhos”. O objetivo da empresa é adaptar enredos de ao menos 12 novelas clássicas e transformá-las em séries de 25 episódios, com a mesma intensidade dramática, mas com a abordagem multiplataforma para exibi-las no formato streaming.

Na lista de novelas clássicas que devem ser repaginadas estão títulos como: “Rubi”, “A Madrasta”, “Os Ricos Também Choram”, “Rosa Selvagem”, “O Privilégio de Amar”, “Coração Selvagem”, entre outros.  Sucesso mundial,  “A Usurpadora”,  protagonizada por Gabriela Spanic e Fernando Colunga,  foi lançada pela rede Televisa em 1998, no México, e exibida pela primeira vez no Brasil no ano seguinte. O clássico mexicano foi  traduzido em 28 idiomas e exportado para 125 países.

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Gabriela Spanic e Fernando Colunga foram os protagonistas da primeira versão de 1998.

O remake protagonizado pelos atores Sandra Echevarría e Andrés Palacios terá um toque  político. “Todos capítulos da produção original foram recortados e isto foi incrível.  Em alguns capítulos  existem até 90 cenas que são como mini-filmes,  foi um trabalho muito intenso – , revelou  Sandra Echeverría.

“Fico muito satisfeita em saber que estão sendo produzidos projetos com mais qualidade, porque obviamente o que temos na televisão internacional tem um nível muito alto. As pessoas acompanham cada vez menos a televisão aberta, e pra que a gente possa competir de igual pra igual, temos que produzir produtos com mais qualidade e boas  histórias” – agregou  a protagonista.

 Diferenças em relação à  versão original

A nova versão será bem diferente da original, por se tratar de uma série, nesta nova história, as tramas serão resolvidas em um ritmo mais acelerado e adaptado aos dias atuais.

Nesta nova produção, a personagem da gêmea má,  Paola Montaner de Bracho, será a primeira dama do México, enquanto que na versão original a protagonista era uma mulher infiel que desfrutava dinheiro do marido, que era empresário . No remake, Paola e Paulina são irmãs que cresceram em países distintos.

Elas nascem na Colômbia, mas uma delas é doente e necessita tomar medicamentos muito caros que a mãe não tem como pagar e por isso a entrega em adoção para uma mulher no México e assim as irmãs se separam.  Uma cresce na Colômbia, com muito amor, mas pobre, e a outra cresce no México,  com uma mãe muito superficial, que não lhe dá o carinho que ela necessita, mas a cria em berço de ouro.

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Sandra Echeverría e Andrés Palacios formam o casal protagonista de “La Usurpadora” versão 2019.

Sinopse

‘Paola Miranda’ (Sandra Echeverría) a primeira dama do México, vive um inferno ao lado do homem mais importante do país: o presidente ‘Carlos Bernal’ (Andrés Palacios).

Quando Paola descobre que é adotada e que tem uma irmã gêmea (‘Paulina Doria’), se aproximará dela com armadilhas para que esta assuma seu papel de primeira dama.  Além disso, logo a vilã tratará de mandar matar a própria irmã para assim poder desaparecer do mapa e ficar livre pra refazer sua vida em outro país e com outra identidade.

Como assistir “A Usurpadora” 2019 online

Para assistir os episódios da nova versão da novela A Usurpadora online e de graça, é preciso acessar a página da série no site da Televisa. A rede de TV mexicana lançou gratuitamente os cinco primeiros capítulos da série:  “A Usurpadora (2019)” para assistir online e gratuitamente. Contudo, os episódios estão com áudio original e sem legendas ou dublagem em português.

Nas redes sociais circulam informações que a série  chegará ao Brasil oficialmente em outubro pelo serviço de streaming Amazon Prime Video. Entretanto, a plataforma ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto.

Fontes: ElComercio – Peru / Portal Uol e Portal OverTube

 

Força latina

Na última terça-feira dia 7 de novembro aconteceu as chamadas eleições de meio de mandato nos Estados Unidos da América. Nesse pleito são escolhidos os senadores, deputados e governadores de Estado, diferente do que ocorre no Brasil, por exemplo, onde os congressistas são escolhidos junto com o presidente da república.

O Partido Republicano, de Donald Trump, perdeu a maioria da Câmara de Deputados. Essa vitória dos democratas tira de Trump a hegemonia no Congresso, mesmo os republicanos tendo vencido no Senado. E apesar de todo o discurso negativo do atual presidente em relação aos latinos, eles tem cada vez mais representatividade quando o assunto é votação.  E esses votos parecem ter feito  falta ao partido do presidente nesse momento não é mesmo?

De olho nessa parcela importante da população, democratas e republicanos se empenham em mobilizar os latinos que tem cidadania a exercer seu direito ao voto, gravando até mesmo mensagens em espanhol. Veja abaixo alguns mapas que demostram como está distribuída a população latina pelo país.

Cidades dos Estados Unidos com maior população latina: 

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Dos mais de  325 milhões de habitantes dos Estados Unidos, quase 59 milhões são de origem latina, cerca de  18%  da população.  O México é, de longe, o país mais representado com mais de 60% do total. 

Em seguida vem Porto Rico, Cuba,  El Salvador e República Dominicana.

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Em Miami, capital da Flórida, há uma grande população de origem cubana. 

E com representações menores siguem nesta ordem: Guatemala, Colômbia, Honduras, Equador, Perú, Nicaragua, Venezuela, Argentina, Panamá, Chile, Costa Rica, Bolívia, Uruguai e  Paraguai.

Os dez Estados com maior população latina são:  Califórnia, Texas, Flórida, Nova York, Illinois, Arizona, Nova Jersey, Colorado, Novo México e Georgia.

Veja nestes dez mapas de forma detalhada quais são  as áreas metropolitanas do país com maior população latina y seus distintas origens*.

Mexicanos na Califórnia

A Califórnia é o Estado com maior número de latinos, com predominância de mexicanos, como podemos ver nos mapas das  zonas urbanas de Los Ángeles, Riverside-San Bernardino e San Francisco:

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Texas também com sotaque mexicano

O Texas, como outro dos  grandes estados que fazem fronteira com com o  México, tem quase 40% de população latina. Em uma das grandes áreas urbanas com mais sotaque acento español, o mais comum, novamente é mexicano.

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Mudanças no norte

À medida que nos afastamos da  fronteira entre  EUA e  México, as populações latinas  que vivem no país são mais variadas.

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Em Chicago, os mexicanos voltam a ser maioria, mas os portorriquenhos contam com quase  10% de representação do  total de população latina.

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A Pequena Habana na Florida

O caso da Flórida, em especial do Condado de Miami Dade,  no sul do Estado, é muito particular porque mais da metade dos latinos são cubanos. E nos últimos anos tem  aumentado consideravelmente a presença venezuelana no Estado do sol, algo que ficará mais evidente no próximo censo oficial, em 2020.

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Novamente o México

Para concluir veja os dados de outro estado que faz fronteira com o México , o Arizona.  Onde o debate sobre imigração teve muita relevância nas eleições em 2016, (sendo que a candidata Hillary Clinton venceu alí).

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Como podemos observar nos mapas quem deseja alcançar os votos dos latinos, não se trata de um voto homogêneo, sendo assim, o discurso para atrai-los deve ser diversificado assim como o público é.

*Os dados são da Oficina do Censo dos Estados Unidos e correspondem a 2017. Os porcentagens têm um margen de reajuste de 4%.

PS. Poderiam ter incluído a população brasileira também não é? Afinal também somos latinos… 🤔

Fonte: Site BBC Mundo e Portal Uol.

Saiba quais são as 20 melhores universidades da América Latina

Quem deseja estudar em uma Universidade de qualidade na América Latina, deve começar a buscar por esses cinco destinos:  Chile, Brasil, Colômbia, Argentina e México.

Esses países concentram as 18 melhores universidades latino-americanas de 2018, segundo a pontuação da classificação anual QS Latin America Rankings.  Os QS World University Rankings são classificações universitárias anuais publicadas pela Quacquarelli Symonds (QS), do Reino Unido. Trata-se de uma das três classificações internacionais de universidades mais influentes e amplamente observadas no mundo inteiro.

Quatro centros universitários, incluindo o número 01 da região, estão no Chile, enquanto o Brasil se destaca por ter sete instituições de educação superior entre as melhores avaliadas. 

Quatro instituições da Colômbia também disputam os primeiros lugares, mas a Universidade Nacional Autónoma de México (UNAM),  a maior da região está melhor posicionada que as colombianas.

Da Argentina também se destaca sua maior universidade pública, a Universidade de Buenos Aires, que alcança uma melhor pontuação na classificação global do que na regional.

Além desses países, entre os primeiros 20 lugares também está a principal universidade da Costa Rica e de Cuba.

As 20  primeiras colocadas são as seguintes:

QS Latin America Rankings 2019
1. Pontificia Universidad Católica Chile
2. Universidade de São Paulo Brasil
3. Universidad Estadual de Campinas Brasil
4. Universidad Nacional Autónoma de México México
5. Universidad de los Andes Colombia
6. Instituto Tecnológico y de Estudios Superiores Monterrey México
7. Universidad de Chile Chile
8. Universidad de Buenos Aires Argentina
9. Universidade Federal do Rio de Janeiro Brasil
10. Universidad Nacional de Colombia Colombia
11. Universidad Estatal Paulista Brasil
12. Pontificia Universidad Católica de Río de Janeiro Brasil
13. Universidad de Santiago de Chile Chile
14. Universidad de Concepción Chile
15. Universidad de Antioquia Colombia
16. Universidade Federal de Minas Gerais Brasil
17. Pontificia Universidad Javeriana Colombia
18. Universidad Federal de Río Grande del Sur Brasil
19. Universidad de Costa Rica Costa Rica
20. Universidad de La Habana Cuba

Como é são avaliadas?

O grupo QS, que publica os rankings universitários mundiais a cada ano, avalia, no caso da América Latina, uma pontuação através de oito indicadores.

Os dos principais são a reputação acadêmica (30%), baseada em entrevistas com acadêmicos, assim como a qualificação que é dada por empregadores a ex-alunos dessas universidades (20%).

Também se evaluam outros aspectos sobre produção de ciência: como quantos estudos produz cada universidade e o quanto esses estudos são citados nas investigações de outras instituições.

PUC Santiago
Pontifícia Universidad Católica em Santiago – Chile – Reprodução Internet

A Pontificia Universidad Católica de Chile aparece pelo segundo ano consecutivo na primeira posição da América Latina. Embora a Universidad de Buenos Aires ocupe um lugar melhor na classificação mundial do que na regional, pois, se encontra no  lugar 73, enquanto que a universidade  chilena está na posição 132.

Isso acontece porque o ranking QS global dá um valor diferente aos indicadores:

A nível mundial a reputação acadêmica abrange 40% da calificación, enquanto que  a qualificação dos empregadores  representa uma porcentagem de 10%.

Muito bacana ver o Brasil bem representado né?

Fonte: Site BBC Mundo

Alegria partiu, foi embora…

Com a eliminação do Brasil, nessa sexta-feira,  diante da Bélgica pelas quartas de final, a Copa ficou sem nenhum representante latino. Que me desculpem os europeus, inventores do futebol, mas o Mundial da Rússia perdeu muito ao virar uma EuroCopa. Talvez o momento deles seja melhor mesmo: são mais altos, são mais fortes, tem mais dinheiro,  são mais organizados, mas não tem nossa alegria. Se no século 19, lá na terra da Rainha, foi criado o esporte que tempos depois se tornaria  umas das maiores atrações do planeta, foi por aqui pela América, em especial pela do Sul, que o futebol foi criando áureas de paixão e ganhando cores de alegria. Ninguém se envolve como a gente: Festejamos e sofremos com a alma e coração. 

Por aqui o futebol está longe de ser só mais um esporte, está mais para religião.  Nós transformamos o jogo criado pelos ingleses em algo muito maior. O que era pra ser apenas  mais uma modalidade cheia de regras, às vezes complicadas, com jogadas violentas, se tornou um verdadeiro espetáculo, graças aos nossos dribles, à nossa gingada, paixão e habilidades natos.

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Pela América Latina o futebol é quase uma religião – Imagem Reprodução Internet

O Mundial da Rússia continua, mas seria muito melhor se ainda houvesse uma seleção de sangue latino no páreo. A emoção colombiana, a garra uruguaia, a farra mexicana,  a paixão argentina, a irreverência brasileira com certeza fazem falta.

Esperamos que no Catar tenhamos mais sorte! 😉

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