Quebrando tabus

    O Uruguai é um dos países que mais chama atenção no cenário global pelo seu pioneirismo em questões polêmicas como o aborto e a legalização da maconha. Se voltarmos mais no tempo descobrimos que nosso pequeno vizinho foi um dos primeiros também a legalizar o divórcio tema que, por incrível que pareça, era tabu há algumas décadas atrás. Mantendo a tradição de estar na vanguarda, em Montevidéu foi inaugurado em dezembro do ano passado o primeiro museu da Cannabis da América do Sul.  O  intuito é mostrar vários aspectos da planta,  que vão muito além do consumo para recreação.  O museu está localizado em uma casa, quase centenária, no bairro Palermo.

    O projeto ficou a cargo do engenheiro agrônomo Eduardo Blasina.   De acordo com o engenheiro  o que faz realmente a planta ser interessante é a diversidade de usos que ela possuiu ao longo da história:  Serviu de alimento,  forneceu cordas para os caçadores já que o material tem grande resistência, além de ter servido também  para confeccionar vestimentas e também para fazer papel. Atualmente a cannabis está sendo utilizada até mesmo para fornecer materiais para impressoras 3D.

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    Ao entrar no museu o vistante pode ver cosméticos, pomadas, azeites,  shampoos e também medicamentos feitos a partir da planta. Além de muita informação o local oferece um espaço menos convencional onde se localiza uma espécie de jardim botânico. Nessa área se encontram exemplares de pés de maconha, café, mate, tabaco, muitos frutos nativos e uma coleção de vários cactos. O objetivo é ressaltar também a importância cultural de outras especies populares no país. Por isso será inaugurado um “Mate Bar” para que aqueles que visitem o museu possam provar a típica bebida uruguaia.

    Se você estiver planejando uma viagem à Montevidéu vale a pena incluir esse novíssimo e inusitado museu na sua lista de lugares para conhecer 😉

 

Fonte: Jornal El País – Uruguai

Soltando a voz

No próximo domingo serão entregues os prêmios da maior festa do cinema mundial. Como uma boa apaixonada pela sétima arte sempre aguardo pela cerimônia do Oscar com ansiedade e geralmente torço e me divirto bastante. Mas como nem tudo são flores é comum acontecerem alguns episódios um tanto desagradáveis e algumas injustiças que tiram a gente do sério.  E uma das maiores polêmicas da história recente da premiação  aconteceu no ano de 2005.

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Drexler nos bastidores do Oscar 2005

Pela primeira vez uma música em espanhol tinha sido indicada como melhor canção original.  Se tratava de “Al otro lado del río”, composta e cantada pelo cantor uruguaio Jorge Drexler para o filme “Diários de Motocicleta do diretor Walter Salles.  Tinha tudo para ser uma apresentação  histórica e emocionante.  E tenho certeza que teria sido se os produtores do evento tivessem permitido que Jorge Drexler cantasse, mas ao invés disso resolveram chamar o músico Santana e o ator Antonio Banderas para subirem ao palco e interpretarem a canção, com a justificativa de que eram nomes mais conhecidos do que  Drexler. A escolha gerou muitas críticas na época e um constrangimento muito grande.  Mas o cantor uruguaio soube dar um drible em toda essa situação:  Ao ser anunciado como vencedor pelo saudoso Prince ele resolveu cantar ao invés de discursar e finalmente pôde soltar a voz dando uma resposta ao preconceito dos organizadores de forma brilhante.

Confira como foi esse momento único no link abaixo:

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