Peru, um destino fantástico, que conquistou o mundo

Você sonha em viajar pela América do Sul? Que tal começar pelo Peru? Se for olhar pelo quesito avaliação, o país vizinho está muito bem na fita: pelo segundo ano consecutivo, o Peru foi eleito melhor destino internacional no National Geographic Travel Readers’ Choice Awards. O país andino superou destinos como Egito, Colômbia, Marrocos e Uzbequistão.

O artigo na renomada revista indica que a capital, Lima, com sua variedade gastronômica, é uma ótima parada  depois de conhecer destinos como Iquitos, o Parque Nacional Huascarán, a Península de Paracas, o Lago Titicaca, o Canyon de Colca ou as Linhas de Nazca.

Sobre a região de Cusco a revista indica que vale uma viagem própria para explorar suas atrações. “A magia do Vale Sagrado dos Incas, o cenário de tirar o fôlego da Cordilheira dos Andes, a majestade do Lago Titicaca e o fabuloso enclave de Machu Picchu garantem uma experiência para ser lembrada por toda a vida”, destaca a National Geographic.

A viagem por quatro regiões do sul do Peru, publicada na revista Viajes National Geographic, cujo público ultrapassa 5,5 milhões de pessoas, destaca a riqueza turística do território peruano e revela que cada região oferece uma experiência fascinante de imersão em seu encanto, deixando uma impressão única naqueles que se aventuram a descobrir seus tesouros escondidos.

Fonte: Site MaiorViagem.Net

Museu mais visitado da América Latina está localizado na capital mineira

Minas Gerais é terra de grande artistas que se destacam nos mais diversos ramos, como os da música, artes cênicas, literatura, artes plásticas, entre outros. Uma prova de que o mineiro é realmente ligado à cultura é a lista de museus mais visitados do mundo, divulgada no início do mês. Segundo o ranking da revista britânica “The Art Newspaper”, o Centro Cultural Banco do Brasil em Belo Horizonte (CCBB BH) é o museu mais popular da América Latina. Na lista internacional, que elenca as 100 instituições mais visitadas em 2023, o espaço se destacou como o 41º mais visitado do mundo.

De acordo com a listagem, o CCBB BH recebeu 1,4 milhão de pessoas no ano passado, se firmando entre os 50 mais visitados do mundo. A lista é liderada pelo Museu do Louvre, em Paris (com 8,8 milhões de visitantes), e também conta com mais um espaço brasileiro entre os 100 museus totais: o CCBB Rio de Janeiro, que figura na 46ª posição (com 1,3 milhão).

O resultado, pra lá de positivo, foi impulsionado pelo sucesso da exposição “OSGEMEOS – Nossos Segredos”. O acervo de murais, intervenções urbanas, fotografias e outros registros dedicados à obra dos artistas Gustavo e Otávio Pandolfo atraiu mais de 500 mil visitantes em BH, segundo a instituição.

A mostra “Studio Drift – Vida em Coisas” também contribuiu bastante para o bom resultado do número de frequentadores, com 256 mil visitantes registrados em 2023. A exposição marcou a estreia do coletivo holandês Studio Drift em espaços culturais no Brasil, com exibição de esculturas, instalações e performances experimentais que articulam arte, design e tecnologia.

O museólogo Marcelo Cardoso diz que o CCBB BH, que integra o Circuito Liberdade, é uma parte importante do cenário cultural de Belo Horizonte e também do estado. “Ele recebe milhares de visitantes todos os anos e tem uma enorme parcela na contribuição da democratização da cultura, oferecendo visitas gratuitas a diversos projetos de artes cênicas, plásticas, música, cinema e até mesmo multidisciplinares, como o Programa CCBB Educativo – Arte & Educação, que atende escolas públicas e particulares, ONGs, pessoas com deficiência, profissionais dos campos da arte e realiza ações de formação para professores e público em geral”.

E você já visitou algum museu hoje? Imagino que deva ter um bem legal, esperando sua visita 😉

Fonte: Jornal Edição do Brasil

Representatividade em alta

A boneca mais famosa do mundo está completando 65 anos em 2024. Para celebrar a data, a Mattel está promovendo uma homenagem global a nove mulheres diferentes e diversas, entre elas a brasileira e criadora de conteúdo Maira Gomez. A influenciadora indígena, da tribo Tatuyo, ganhou uma Barbie feita à sua semelhança. Conhecida nas redes sociais como Cunhaporanga, a jovem de 25 anos coleciona mais de 486 mil seguidores no Instagram e 6,6 milhões no Tik Tok com as histórias de sua tribo, a rotina, costumes e crenças. Me pareceu muita acertada a escolha de Maira, pois nada melhor do que uma indígena para representar as mulheres latinas, afinal, elas foram as primeiras a povoar nosso continente…

Além da brasileira, as outras homenageadas são: a diretora, produtora e roteirista Lila Avilés (México); a atriz, ativista e filantropa Viola Davis (Estados Unidos); a renomada atriz Helen Mirren (Reino Unido); a cantora e compositora Shania Twain (Canadá); a superstar Kylie Minogue (Austrália); a modelo Nicole Fujita (Japão); e a comediante e ativista Enissa Amani (Alemanha).

Para Maira Gomez, “ser reconhecida como uma mulher inspiradora é uma oportunidade incrível e um lembrete de que podemos conquistar tudo que queremos e podemos ser. “Barbie é criativa, fashionista e essa veia fashionista é algo que almejo. Você pode perceber que também trago isso nas minhas vestes, nas pinturas, temos o nosso estilo. Então quero usar essa plataforma e também ser criativa e inspirar sendo quem eu sou”, relatou a criadora de conteúdo.

“Você ter uma boneca com a sua semelhança, suas características, seus trajes… mostra que você não pode desistir nunca dos seus sonhos. Porque eu sonhava e não acreditava que isso seria possível – e hoje estou aqui, do lado dela”. “Eu fico sem palavras para falar o que eu tô sentindo, mas é uma alegria imensa. É uma grande oportunidade de visibilidade dos povos indígenas e das mulheres [indígenas]”, afirmou Maira.

Muito legal a iniciativa da Mattel, quanto mais meninas se sentirem representadas e poderosas melhor; viva a diversidade! ❤️

*Com informações de Revista Exame e Portal G1

Os outros – la série

Uma boa história com excelentes atores e um roteiro de tirar o fôlego são os ingredientes ideais para uma série de sucesso. Todos esses componentes estão presentes em “Os outros”, eleita, pelo público, como a melhor série brasileira de 2023 no prêmio Melhores do ano da Globo. Segundo o autor Lucas Paraizo, a série não teve uma inspiração específica – o roteirista se baseou em histórias um pouco absurdas de vizinhos, sendo algumas pesquisadas em jornais. A trama mostra como a falta de diálogo pode fazer com que uma situação, relativamente simples de resolver, como a briga entre dois adolescentes, chegue a extremos inimagináveis. A obra debate também a violência relacionada à corrupção e às milícias, além de trazer à tona a complexidade das relações familiares.

Um componente que me chamou bastante a atenção em “Os outros” foi a forma como os episódios são construídos: no início de cada um, (com exceção do último) é mostrada uma parte tensa da cena final do mesmo episódio, o que desperta ainda mais nossa curiosidade e ansiedade para entender como os fatos foram acontecendo até chegar àquele desfecho improvável. Essa sacada do roteirista Lucas Paraizo e da diretora Luisa Lima me pareceu muito ousada e genial.

Não poderia encerrar este texto sem enaltecer as magníficas atuações de Adriana Esteves (Cibele), Milhem Cortáz (Wando), Eduardo Sterblich (Sérgio), Drica Moraes (Lúcia), Maeve Jinkings (Mila), Thomás Aquino (Amâncio) e do núcleo adolescente, que dá um show à parte: Paulo Mendes (Rogério), Antônio Haddad (Marcinho) e Gi Fernandes (Lorraine). Ainda falando do quesito atuação, gostaria de fazer um elogio especial para Eduardo Sterblich, que arrasou fazendo o miliciano Sérgio; pra nós que estávamos tão acostumados a vê-lo em papéis cômicos na TV e no teatro, sua atuação como um vilão extremamente odioso foi uma ótima surpresa.

O sucesso da série foi tão grande que a segunda temporada já está confirmada para estrear nos próximos meses, para nossa alegria. E se você ainda não assistiu, corra para a GloboPlay para entender porque o filósofo Jean-Paul Sartre estava certo ao afirmar que o inferno são Os Outros.

Um prêmio com nome de rainha

Nossa rainha Marta vem encantando os fãs de futebol pelo mundo há muitos anos, sendo eleita 06 vezes a melhor jogadora do mundo. Aos 37 anos, a brasileira se despediu, em 2023, das Copas do Mundo, como a maior artilheira da competição, entre homens e mulheres, com 17 gols marcados em seis edições disputadas. E a estrela de Marta não para de brilhar: A camisa 10 do Brasil vai dar nome a um novo prêmio, criado pela Fifa, para a autora do gol mais bonito do mundo no futebol feminino. O anúncio foi feito durante a premiação “The Best” que premia os jogadores que mais se destacam a cada ano.

Em seu discurso no “The Best”, Marta deixou um recado para todas as mulheres – Michael Regan- FIFA

“É muito difícil subir nesse palco. Eu já venci esse prêmio seis vezes, mas isso aqui é sem dúvida algo muito mais especial, difícil até de encontrar palavras, mas eu quero que assim como eu estou enxergando nessa homenagem, eu quero que todas as mulheres possam também enxergar um futuro promissor”, – disse Marta em seu discurso durante a premiação em Londres.

O Prêmio Marta será a versão feminina do Prêmio Puskas, que coroa o gol mais bonito do ano. Até então, mulheres e homens concorriam juntos, mas em 15 edições, desde 2009, todos os vencedores saíram do futebol masculino. Marta foi a primeira esportista, entre homens e mulheres, a receber uma homenagem semelhante em vida.

A FIFA marcou um gol de placa com essa homenagem, não é mesmo? Afinal, nenhuma mulher brilhou tanto nos gramados como a rainha Marta, então nada mais justo que o gol mais bonito do ano, na categoria feminina, leve o nome dela! 👸⚽

*Com informações de: Globo Esporte

Notícia boa para os mineiros que curtem viajar

Se você está em Minas, ama viajar e gostaria de conhecer um dos países mais bonitos da América do Sul, precisa ficar ligado nessa novidade: a partir de junho, o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte terá mais uma opção de voo para Santiago, no Chile. Além da Latam, que opera a rota a partir do terminal desde novembro do ano passado, agora, a Sky Airline também vai ofertar voos para o país vizinho. A diferença é que a nova operação terá voos a partir de R$ 819, ou seja, a baixo custo.

Segundo a BH Airport, a nova rota será direta e terá três frequências semanais, com expectativa de transportar quase 7,5 mil pessoas por mês. A primeira decolagem está programada para o dia 15 de junho, em uma das aeronaves mais modernas do mundo, o Airbus A320neo.

A BH Airport, empresa que administra o aeroporto de Confins, deu detalhes sobre a novidade em sua página do Instagram

O diretor de Operações do aeroporto, Herlichy Bastos, pontua que a nova companhia aérea chega para somar à estratégia do terminal em aumentar a conectividade internacional. “Seguimos ampliando a oferta de voos e proporcionando a melhor experiência aeroportuária aos clientes com a opção de companhia low cost a operar no aeroporto, mantendo a qualidade e a excelência no atendimento”, diz. Toda a frota da Sky Airline terá a capacidade para 186 passageiros em configuração de classe única.

Com relação aos horários, a rota terá decolagens do aeroporto internacional de BH, localizado em Confins, sempre às terças, quintas e sábados, às 18h30, com chegada prevista para as 22h30 em Santiago. No sentido contrário, o voo parte do Chile às 12h20, com previsão de chegada em solo mineiro às 17h35.

Sem escalas

Outra novidade é que a Sky Airline será a única companhia aérea internacional a conectar capitais brasileiras ao Chile sem escalas. Belo Horizonte se torna a sétima cidade brasileira a ter voos ofertados pela companhia, que foi fundada em 2002.

No País, Florianópolis (Hercílio Luz), Porto Alegre (Porto Alegre Airport), Rio de Janeiro (Galeão), Salvador (SSA), Brasília (Juscelino Kubitschek) e São Paulo (Guarulhos) também possuem voos para Santiago. Em São Paulo, aliás, a companhia também opera pela sua subsidiária, a Sky Airline Peru, com voos semanais.

Turismo Forte

Brasil e Chile tem uma forte tradição de intercâmbio turístico. Os cidadãos chilenos ocupam o terceiro lugar em visitas ao Brasil. Nas vindas ao solo “verde e amarelo”, as viagens possuem fins turísticos e totalizaram 408,8 mil visitantes de janeiro a novembro do ano passado, segundo a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur). Durante o mesmo intervalo, no Chile, os brasileiros ficaram em segundo lugar no ranking de turismo, com 436,3 mil visitas, conforme relatório da Serviço Nacional de Turismo (Sernatur), agência atrelada ao governo chileno.

À frente da Pasta de Desenvolvimento Econômico em Minas Gerais, o secretário Fernando Passalio, afirma que a ampliação das rotas para o Chile, por meio da  ativação de voos, agora, pela  Sky Airline é positiva para o fomento da economia mineira.

“A informação (de mais voos para o Chile) comprova o sucesso da política de expansão da malha aérea no Estado e o grande potencial mineiro no setor. Assim como Minas Gerais, o Chile é um grande produtor de lítio e um dos mais importantes destinos turísticos do continente”, diz Passal. Ele ainda acrescenta: “Quanto maior essa proximidade, maiores serão as oportunidades de negócios para empresas mineiras e chilenas nesses e em outros setores”, conclui.

*Com informações de Diário do Comércio

Obrigada, gênio

Algumas pessoas tem passagens tão extraordinárias pela Terra, que nos faltam palavras para descrevê-las; um desses seres humanos, sem dúvida, é Mário Jorge Lobo Zagallo, que nos deixou aos 92 anos, na última sexta-feira. Zagallo foi o único a conseguir conquistar 04 Copas do Mundo: duas como jogador, (1958 e 1962) outra como treinador (1970) e a última como auxiliar técnico (1994). Muito mais que colecionar títulos, esse ilustre alagoano foi um dos responsáveis por transformar a amarelinha em uma grande paixão.

Zagallo virou sinônimo de amor à seleção brasileira – Imagem – Instagram: @zagallooficial

O Velho Lobo relatou, em entrevistas, que o Brasil era um país relativamente pouco conhecido, na década de 50, e o sucesso da seleção foi muito importante para que o nome do país fosse projetado internacionalmente. Zagallo tinha, como poucos, um verdadeiro amor pelo Brasil, que se refletiu em décadas de dedicação à sua amada seleção brasileira. Com ele, não havia esse negócio de complexo de vira-latas: vencer sempre era possível. Ele foi um homem que nunca teve vergonha de expressar suas emoções e falar sobre superstição e fé. Esse grande mestre nos ensinou que, como brasileiros, não podemos desistir nunca e que se a coisa está difícil agora, desistir não é uma opção, porque dias melhores certamente virão.

Garrincha, Didi e Zagallo – Trio do Botafogo e da Seleção Brasileira – Imagem- Instagram: @zagallooficial

Com seu carisma e grande talento como jogador e treinador, Zagallo está eternizado nas memórias afetivas de milhões de brasileiros. Hoje gostaria de dizer as seguintes frases, em sua homenagem:

Ambas, aliás, tem 13 letras. 🍀

Uma triste mudança causada pelas mudanças climáticas

Muita gente ainda insiste em negar que o aquecimento global é uma problema sério e iminente. Mas alguns acontecimentos estão deixando claro que os efeitos das mudanças climáticas já podem ser sentidos na pele em nossos dias. É o que vem acontecendo, por exemplo, em um ponto turístico importante na nossa vizinha Bolívia.

Considerada a estação de esqui mais alta do mundo desde 1939, Chacaltaya, fica a uma altitude de 5421 metros – acima até do campo base do Everest. No passado, o local era um grande atrativo para estrangeiros e bolivianos que queriam passear durante as férias.

No entanto, as visitas à estação foram deixadas de lado depois que o lugar foi desativado por causa de mudanças climáticas, de acordo com especialistas ouvidos pela BBC News Brasil. A geleira, que fazia parte da área onde fica a estação de esqui, foi recuando, até chegar ao ponto de não ter mais neve suficiente para a prática do esporte. 

“Em função do aquecimento global, nós temos um aumento das temperaturas próximas aos polos do planeta e nas altas montanhas. É bem emblemático, já que, nessa altitude, a neve tende a ser permanente”, diz Côrtes. Mas o derretimento do glaciar já tinha sido previsto por cientistas que estudam as consequências do aumento das temperaturas naquela região há alguns anos.

O que eles não imaginavam é que seria muito antes do que eles previam. Os pesquisadores acreditavam que a neve desapareceria por completo no ano de 2015, mas o evento ocorreu seis anos antes, em 2009. Hoje, o local está praticamente abandonado e só atrai quem deseja saber um pouco sobre a sua história ou é adepto de caminhadas mais intensas.

A montanha Chacaltaya vista de Huayana – Potosí – Bolívia

Na década de 1990, era muito comum que a região de Chacaltaya recebesse turistas do exterior que iam visitar a Bolívia e aproveitavam para esquiar. O boliviano e guia de turismo Fredy Ticona Conde, de 58 anos, atua no ramo de viagens há mais de três décadas e começou a fazer passeios para a estação de esqui em 1995.”Tinha muita neve, era muito frio. Estava sempre cheio de turistas”, diz Conde. Ele conta que, na alta temporada, os passeios para o local ocorriam sempre e com pelo menos cem pessoas diariamente.

Por ser uma estação de esqui de dificuldade média para alta e que não é recomendada para iniciantes, era mais comum ver turistas estrangeiros ali, a maioria de origem francesa, alemã e americana. “Quem é da Europa já sabe esquiar. Os bolivianos iam mais para fazer boneco de neve e brincar”, afirma o guia. Os brasileiros, segundo ele, não visitam muito a região nesta época.

O preço, segundo Conde, também era vantajoso para quem não era da América do Sul. “Sair com uma agência custava US$ 20. Já o passeio privado saía US$ 50 e, com mais horas, US$ 100. Não era caro”, lembra. Ao chegar lá, os visitantes podiam escolher esquiar por algumas horas ou até se hospedar em um resort que ficava no topo da montanha. “(O glaciar) diminuiu drasticamente. As pessoas se sentiam enganadas. Subiam e só viam uma montanha”, diz o guia.

Para se ter uma ideia das alterações sofridas na montanha, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), um órgão das Nações Unidas, divulgou fotos que mostram a quantidade de neve que sumiu nos últimos 60 anos, entre 1940 e 2005.

Em 1940, a área com neve e para esquiar era de 0,22 km². Em 1982, 0,14 km ². Em 1996, 0,08 km². E, em 2005, só 0,01 km². Por causa dessas alterações climáticas, o glaciar desapareceu por completo em 2009. Após um ano, a estação foi desativada. “As empresas tiveram que deixar de operar. Se antes havia umas dez, somente três continuavam. Não havia muito serviço”, diz Conde.

Até 30 pessoas podiam dormir no local e, segundo o guia, o hotel sempre tinha pelo menos 50% de sua capacidade ocupada. Também era possível comer em uma lanchonete que vendia alguns alimentos e desfrutar da vista. “Tinha serviço de chá de coca, chocolate quente, sanduíches e cervejas”, conta. Por muitos anos, o turismo foi forte na região, até que, com a chegada dos anos 2000, tudo foi mudando.

Na imagem, podemos ver a diminuição da neve ao longo das décadas

Atualmente, muitas agências da cidade de La Paz ainda oferecem visitas a Chacaltaya. Mas, agora, é impossível esquiar. Ao procurar estabelecimentos que fazem esse tipo de excursão, é bem comum ouvir dos atendentes que os brasileiros só procuram pelo passeio para tentar ver um pouco da neve que sobrou. Mas, para isso, é preciso ter sorte e não ir em época de seca.

Para chegar até a estação de esqui, o turista percorre um trajeto de quase uma hora e meia em uma van, passando por uma estrada de terra com muitas curvas. O veículo estaciona próximo ao local, e ainda é preciso subir por uns 40 minutos a pé até chegar no topo.

A montanha virou quase uma cidade-fantasma, atraindo apenas os turistas mais curiosos que desejam reviver a história da estação de esqui mais alta do mundo. É possível ver alguns cabos dos antigos teleféricos que existiam ali e também a lanchonete, que virou um espaço abandonado.

Segundo o guia boliviano, antes de a estação ser desativada, era muito comum a montanha receber aproximadamente 23 mil turistas por ano. Hoje, são cerca de 2 mil. Conde afirma ainda que o impacto no turismo foi sentido pelos guias e profissionais da região. “Para nós era triste, porque era característico de La Paz. Já que era perto, muita gente vinha e gostava”, relembra, saudoso. Na opinião dele, esse era o atrativo mais importante da cidade. Para amenizar as perdas no setor, as agências, atualmente, vendem pacotes também para Charquini, que tem neve e ainda conta com uma lagoa esmeralda.

Impacto Direto

O aquecimento global impacta diretamente no derretimento das geleiras ao redor do mundo. Um estudo feito pelo Instituto Boliviano de Montanha em conjunto com o Instituto de Geografia, da Universidade de Neuchâtel, na Suíça, mostrou que, nos Andes bolivianos, mais de 50% da área glaciar foi perdida nos últimos 40 anos devido às mudanças climáticas.

A formação de gelo ocorre nos polos norte e sul – que estão sob influência do Ártico e da Antártida, respectivamente – e também nas montanhas. Nas montanhas, ocorre um acúmulo natural de neve com a altitude, que favorece climas mais frios.

Segundo Luiz Henrique Rosa, professor do departamento de Microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o aumento significativo de temperatura nessas regiões faz com que locais em que era muito comum ter neve o ano todo apresentem pouca ou quase nenhuma quantidade, como em Chacaltaya.

O gelo glacial vem da precipitação da neve, que vai se compactando ao longo dos milhares de anos. Ao derreter de forma rápida, perde-se o gelo glacial. Dessa forma, devido às temperaturas se manterem sempre acima da média, ocorre com frequência o derretimento dessas geleiras, impossibilitando novos glaciares. “Tem muita neve que é sazonal. Como as temperaturas estão cada vez mais altas, essa neve sazonal não dura e não ocorre o processo de formação de gelo”, diz Rosa.

O especialista explica ainda que o derretimento nos polos é irreversível, fenômeno que também já vem sendo observado nas montanhas. Isso afeta estações de esqui, que são projetadas com base no acúmulo de neve que se forma sobre as rochas ou também por cima de geleiras, que são os chamados de glaciares. No caso de Chacaltaya, ela se formou em cima de um glaciar.

Para esquiar, o ideal é pelo menos dez centímetros de neve, quando não há muitos fragmentos ou fendas nas rochas. Mas, se o terreno é muito rochoso e bastante irregular, é necessário pelo menos 30 centímetros de neve para praticar o esporte.

Sem uma quantidade expressiva, esquiar se torna impraticável. “O degelo nas montanhas situadas em latitudes menores tende a ser maior exatamente porque elas estão mais próximas do Equador, onde as temperaturas são mais elevadas do que os polos”, explica Côrtes, da USP. “Mas, em condições normais, isso não ocorreria, não a ponto de provocar esse degelo, da maneira que ocorreu nessa montanha especificamente.”

Consequências graves

Além do impacto direto nas estações de esqui e no turismo, o degelo nas montanhas influencia diretamente no abastecimento de água para a população, porque a água produzida pelo derretimento vai para muitas regiões.

“O gelo alimenta todas as comunidades que vivem na planície e nas encostas dos andes”, diz Maria Elisa Siqueira, doutora em Meteorologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). “Mas, com essa falta, a agricultura vai diminuindo e gera um impacto social e econômico muito grande.”

Em uma situação normal, é possível ter um acúmulo maior de neve durante o inverno, e os cursos d’água são abastecidos na primavera e verão. Porém, quando não ocorre a produção de neve, não há uma quantidade expressiva para o abastecimento de rios, impactando regiões que dependem desse processo. No caso de Chacaltaya, a cidade de La Paz era beneficiada com o degelo.

“A longo prazo, cidades vão ser extintas. Têm algumas cidades andinas que já estão sofrendo com isso”, destaca Rosa, da UFMG. O problema não é percebido só na Bolívia. Países como Chile e Argentina também já sofrem com os impactos. “A região de Santiago, no Chile, passou por um período com escassez de água no ano passado por falta de neve nesta região”, ressalta Côrtes. “Como não acumulava neve suficiente no inverno, no verão, reduzia muito o suprimento de água.”

O degelo nesses locais também contribui para a proliferação de novos microorganismos que emitem gases nocivos ao planeta. “Depois desse descongelamento, eles podem surgir e liberar metano, aumentando ainda mais o efeito estufa”, afirma Rosa.

Atualmente, o número de turistas, que visitam o local, é bem reduzido

Para recuperar o gelo em regiões afetadas pelo aquecimento global e ainda tentar frear o aumento das temperaturas, será preciso um trabalho de anos. As previsões de institutos e especialistas que estudam essas alterações no planeta não são as mais otimistas.

“O gelo nas montanhas só vai voltar se a temperatura média global baixar”, diz Siqueira, que também é professora do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. “Isso é a longo prazo, mas nos próximos anos só vejo aquecimento. O estrago já está feito.”

Segundo o sexto relatório de avaliação do IPCC, a última década foi a mais quente do que qualquer período nos últimos 125 mil anos.

O trabalho mostrou ainda que os países em desenvolvimento sofrerão mais, já que pessoas em áreas vulneráveis têm até 15 vezes mais probabilidade de morrer em inundações, secas, tempestades em comparação com aquelas que não vivem em regiões de risco. Para melhorar esse prognóstico, é necessário ainda que diversas nações se comprometam com mudanças no campo energético, buscando fontes renováveis.

“Os países que poluem mais não querem diminuir porque impacta a economia. O ideal seria investir em fontes limpas de energia, isso é o que irá salvar”, diz Rosa. “Só temos a Terra. Se não cuidarmos dela, não tem plano B.” Mas ainda não são todos os países que estão tratando a questão com a urgência necessária, dizem os especialistas.

“Pelo que verifiquei na última COP [cúpula do clima das Nações Unidas], parece que os países estão mais preocupados com a segurança energética do que lidar com as mudanças climáticas”, diz Côrtes. “Eles não estão dando a devida atenção a essa situação. Só tende a se agravar nas próximas décadas.”

Fonte: Priscila Carvalho – BBC NEWS Brasil

Fotos: GETTY IMAGES

Um monumento para a musa

Se alguém perguntar qual é a celebridade latina mais famosa atualmente, provavelmente você responderá: Skakira. Com seu carisma e talento inigualáveis, a cantora levou a Colômbia para os quatro cantos do mundo e, na última semana deste ano de 2023, ela ganhou uma merecida homenagem em sua cidade Natal, Barranquilla: a Prefeitura da cidade inaugurou uma grande estátua em sua homenagem; a escultura tem 6,5 metros de altura e foi feita em bronze com alguns fragmentos em alumínio. O monumento reproduz o remelexo de quadris, uma das maiores marca da artista, que além de cantora e compositora é uma excelente dançarina.

“Um coração que compõe, quadris que não mentem, um talento inigualável, uma voz que move multidões e pés descalços que marcham pelo bem da juventude e da humanidade”, cita a inscrição na base da escultura. O texto faz referência à Fundação “Pies Descalzos” criada pela artista para ajudar crianças carentes em seus país.

O evento de apresentação da escultura criada por Yino Márquez ao público contou com a presença dos pais de Shakira, William Mebarak e Nidia Ripoll.

Segundo a AFP, o governo local vinha publicando imagens da estátua e de seu processo de elaboração desde agosto, mas o rosto não tinha sido revelado até agora. O monumento foi instalado no calçadão próximo ao rio Magdalena.

“Agradeço ao escultor Yino Márquez e aos alunos da escola distrital de artes por esta demonstração do enorme talento artístico da gente de minha terra”, agradeceu Shakira. Em seu Instagram a artista revelou estar muito emocionada e feliz por poder receber essa homenagem tão especial, e poder compartilhá-la com seus familiares.

A Prefeitura de Barranquilla marcou um gol de letra com essa iniciativa, nossa musa merece todo tipo de celebração! 💃

*Com informações de: Portal G1

Imagens: Reprodução Instagram Oficial @Skakira

O adiós a um grande ídolo

Um dos maiores atacantes do mundo, Luis Suárez, o famoso Luisito Suárez, chegou ao Brasil no final de 2022 e abrilhantou a temporada de 2023 em nosso país. O uruguaio vai deixar muita saudade na torcida do Grêmio; e não somente os tricolores gaúchos sentirão falta da garra, habilidade e carisma do ídolo uruguaio, os torcedores de todas as equipes brasileiras sentiram uma grande alegria em vê-lo desfilar pelos estádios Brasil a fora. Para nosso azar, o craque optou por jogar em 2024 ao lado do amigo e gigante Messi na liga norte-americana; sorte deles que poderão ver de perto esse dois gênios atuando…

Decidi repostar abaixo um texto muito bacana, publicado na página do Instagram do TNTSportsBr, que resume bem como foi a curta, porém, marcante, passagem de Luisito pelos gramados brasileiros:

ÍDOLO

Uma palavra em carência no futebol brasileiro. Um termo que, quando se conecta com o torcedor, jamais se esquece. Alguém que é pra sempre e não importa se física ou mentalmente. Algo bastante parecido com o que Suárez representou pro Grêmio em 2023 e ficará marcado.

Vão falar que ídolos se medem por títulos, por tempo que ficou no time ou por entrevistas marcantes e provocativas. Suárez foi muito mais que isso. Ele pode ter ficado sem os principais troféus, mas foi intenso do começo ao fim. A hegemonia do estado se manteve. Ele foi a representação gremista nas quatro linhas. Ele foi o curativo pro torcedor que estava ferido. Muito ferido.

Imagina você sair de uma Série B e ter o QUARTO MAIOR ARTILHEIRO do mundo comandando o seu ataque? Imagina? Isso foi vivido pelo torcedor tricolor. Suárez não tinha um dos joelhos e ainda viu a tentação do seu melhor amigo te chamar pra jogar. E ele mesmo assim doou tudo que tinha até o último jogo.

Não fica pela disputa do tetra da América. Uma pena. Mas se o Grêmio chegou lá para disputá-lo, é quase 100% por conta do GÊNIO que ele é. E podia ser mais. Podia sair com um título brasileiro na mala, mas a equipe estava longe do ideal. Porém, Suárez é isso. É diferente pra caramba e fez parecer que o Grêmio nunca deixou de estar na elite. Ele é foda. Ele foi de verdade mesmo.

Não teve tempo difícil na Arena. Era um campo ruim? Gol de Suárez. O campo melhorou? Gol do Suárez. Era GreNal? Aí é golaço do Suárez. Estádio cheio? Gol do Suárez. E nada mais apaixonante que um homem-gol pro torcedor de futebol.

Luis Alberto Suárez Díaz realmente jogou no Grêmio. E merece textão.

Texto: _@victorpadilha_

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